quinta-feira, 4 de outubro de 2018

FEMINISMO – Um Barulho Desorganizado | Emanuel Lima

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A Maioria das mulheres apoia porque não sabe o que é o feminismo em sua essência…

Existem muitas injustiças contra as mulheres (atenção que também contra os homens)? Sim. Existem. E, embora o feminismo tente ampliar, com exclusividade às mulheres, esses males com os quais residimos diariamente, maioria deles não são cometidos fomentados por uma "cultura machista" e nem são exclusivos as mulheres. Todos os dias homens e mulheres sofrem males. Assim como mulheres, milhares de homens sofrem males em igual ou maior escala (surpresa: os números andam mentindo muito em consequência da implementação dos ideais progressistas, para eles, contra as mulheres, a emissão de uma simples opinião contrária é crime maior do que a morte de um homem).

Portanto, não existe estupro PORQUE os homens são machistas, existe estupro porque alguns homens são pervertidos, doentes ou sem carácter. O estupro é, assim como qualquer outra acção que fira a integridade física ou moral do próximo, um acto de delinquência e um crime punível pela lei, assim como a violência doméstica o é para os dois géneros, assim como o roubo é… E esses homens (que não estupram apenas mulheres - as feministas podem ir também às cadeias fazer inquérito e fora delas também) são os mesmos que assassinam, roubam e maltratam outros homens iguais. E atenção que não são apenas os homens que estupram, recentemente no K. Sul - Angola, um homem foi sequestrado, exilado num quarto e violado por um grupo de mulheres durante dois dias. O mal não tem género, nem cor, nem tamanho. O mal é geral. O mal está com quem o comete e só!

Duas outras facetas descabidas do feminismo são 1º prega a consciência do individualismo, torna as mulheres obsoletas no julgamento relativo aos assuntos que não envolvam a mulher directamente, ou seja, faz acepção de "males", prioriza apenas os "seus" que na verdade são de todos e normalmente passa por cima de tudo e de todos os que atravancam o seu caminho com atitudes de grosseria (se não for contra a mulher, não interessa, não é tão grave assim, elas pensam…) e 2º generalizam os problemas. Para elas, matar deliberadamente pela via do aborto é proporcional a falta de qualidade nos sistemas de adopção (nós matamos abortando porque não há qualidade no sistema de adopção para quem não deseja criar um filho).

Recentemente vi também umas postagens de mulheres afirmando que as mulheres não deveriam julgar outras mulheres, ou seja devem fazer vista tapada para com as mulheres iguais. É feio ver mulheres julgando preconceituosamente outras mulheres, mas mais feio do que isso é ver mulheres deixarem de fazer julgamentos justos por que são contra mulheres iguais. Nós (homens e mulheres) somos seres com capacidade para apreender os sentidos e com capacidade para interpreta-los, é nosso dever fazer isso, e portanto não devemos nos contentar com nada menos do que a verdade. Fazer vista tapada para os erros de outras mulheres não é procurar justiça e é um desrespeito as mulheres honestas. Quem comete, comete, quem não comete, não comete. Sejamos piedosos e empáticos mas sempre verdadeiros e justos! É uma sociedade melhor o que desejamos, e não uma arena de libertinagem.

Embora o feminismo se apresente sobre um manto sumptuoso e atraente, em sua essência é nocivo e desvirtuoso. É, embora não pareça, pouco lógico e académico. É contra tudo o que se chama ético, com pudor, moral, é até mesmo contra a mensagem que ele tenta passar: liberdade de expressão - um conceito aliás, muito mal compreendido pelas feministas. Para as feministas, ser livre é poder fazer tudo o que lhe der na telha, sem ponderar outras questões como o pudor e a moral pública, a lei, o próprio respeito pela diferença de opinião e outras... Enquanto liberdade não é poder fazer tudo o que queremos, isso pode ferir nosso próximo. Liberdade é poder agir no pleno uso de sua consciência, sem coerção externa. A liberdade não é idiota nem ignorante, ela não se satisfaz em ser simplesmente, isso é libertinagem, a liberdade compreende, apreende e respeita todos os sentidos externos a si.

Portanto, muitas vezes: o que queremos não devemos, o que devemos não podemos e o que podemos não queremos. É preciso fazer esse exercício cíclico de consciência analítica. Quando estamos diante de uma verdadeira liberdade? Quando o que queremos é o que devemos e podemos! Por amor de Deus, somos seres humanos, não vivemos como animais... O feminismo não pondera essas questões, ele diz: o importante é ser feliz. Mesmo que isso venha a destruir uma família. Mesmo que isso signifique cometer assassinato deliberado, mesmo que isso não seja respeitoso! Mesmo que isso seja doentio e venha a causar problemas biológicos. [Que felicidade é essa!?]

Por isso muitas delas andam nuas em passeatas e manifestações para supostamente passarem uma mensagem contra a "cultura do estupro" - até agora apenas um pseudo-sintoma, visto que nunca foi provada. Hélder Simbad diz: “Uma coisa não é porque você quer que seja [ou porque a chame assim]. Ela tem de ser em sua dimensão ontológica.” (E se pela “densidade” dos casos de estupro ser suficiente para se criar uma “cultura de estupro”, é justo dizermos que também existe uma “cultura” do roubo? Do homicídio?) Por isso elas dizem às mulheres obesas (que não são menos mulheres por isso) que devem ter orgulho de seus corpos sem ponderar que a questão não é apenas estética, mas biológica. Por isso elas lutam pela descriminalização do aborto consubstanciando-se apenas em argumentos falaciosos da VONTADE PRÓPRIA, e não no centro da questão: VIDA PÓS-CONCEPÇÃO. Por isso elas também lutam supostamente contra o sexismo do corpo da mulher mas têm nas suas agendas a legalização da prostituição como trabalho. Por isso as feministas acham que a distribuição dos deveres e papéis na família são mais opressores do que a força do capitalismo e do mercado de trabalho, não cozinham para o marido, é opressão machista, preferem fazer café todo o dia para o patrão. Por isso elas detestam o casamento e a família, e pregam o INDIVIDUALISMO no casamento, como se no casamento ainda existisse um EU e não um NÓS. Em suma, o feminismo é contra tudo o que exige conhecimento académico e prova científica. É um barulho desorganizado!

As pessoas gostam da Força Suprema porque elas se sentem identificadas. É a sensação de fazer parte, de sentir que alguém te inclui, nesse mundo de exclusões (sejam estas reais ou ilusórias). O feminismo é portanto uma busca de significado e identidade!
Muitas mulheres recorrem ao feminismo porque é ali onde acham/sentem que são levadas em conta. Onde reside o significado de suas vidas reduzidas a meros complementos. Onde suas necessidades são ouvidas. Portanto, a massiva adesão ao feminismo é resultado dessa ilusão da ausência de programas equilibrados que visam elevar as mulheres em suas mais diversas complexidades.

Eu também pensava que o feminismo era uma coisa bonita, que lutava legitimamente pela igualdade de direitos civis entre os homens e as mulheres, NÃO É! Essa é só a capa que elas adoptaram de mulheres sérias que já lutavam por esses direitos antes do início do feminismo nos anos 90. O feminismo actual não luta apenas pela emancipação da mulher, as mulheres já estão emancipadas, já trabalham, já estudam, e vão conquistando as outras coisas com sabedoria, paciência e perseverança. Portanto, MULHERES contestem, não se deixem seduzir pelos ideais atraentes, pelas palavras bem estruturadas, pela eloquência, estudem a essência do movimento, contestem seus ideais, ponderem outras formas de ver e outras opiniões, se tornem naquilo que o feminismo aparentemente deseja que vocês sejam: donas de si mesmas, e não permitem que outras mulheres falem e pensem por vocês.

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