É comum observarmos, nalgumas das nossas figuras públicas, em entrevistas, as espinhas na garganta quando estas são questionadas a respeito de seus posicionamentos relativos aos assuntos sensíveis e de certo modo de índole social mais ou menos relevantes: atitudes como a nudez explícita, as ideologias de género/orientação sexual, a exposição competitiva e desenfreada e a corrupção politica, difundidas pelos Mass média e pelas redes sociais.
Muitas vezes, seguidas de fricção na laringe, as palavras saem cambalhotando com menos ou sem qualquer sentido estético e ontológico, cuspidas como que venenos na língua, recaem amargas sobre o paleio daqueles que se chamam intelectuais (estudiosos académicos e científicos). Outras vezes, expostas como cuecas na corda, em suas redes sociais, os ideais construídos sob conhecimento empírico ou pior, com intuito puro de criar um paradigma diferente daquilo que elas chamam pejorativamente e com desprimor de "estereótipos sociais impostos pela sociedade". Consubstanciando-se na falsa premissa: "tudo e todos devem ser respeitados - querendo dizer, aceitados" & "não podemos julgar ninguém", essas figuras, assumem posicionamentos parciais, liberais e muitas vezes de neutralidade, diante das atrocidades morais e o atropelo às boas virtudes da vida que temos vindo a observar a crescer num ritmo insuflável e assustador nos últimos anos. Maior parte das vezes, esses episódios revelam a (in)capacidade (assim prefiro crer) das mesmas de compreender e de responder positivamente aos fenómenos sociais com os quais temos vindo a lidar. Assim, quando poderiam ser agentes motivacionais para a estabilidade social, por despreparo cientifico, ausência de consciência crítico-analítica, boa vontade, medo/falta de autenticidade na emissão da opinião própria, má vontade, desejo de criar desorientação social, fruto da aculturação e alienação, preferem emitir uma opinião liberal e que "incentive" o preconceito (aceitar ou rejeitar sem entender) e a proliferação de uma consciência pérfida ao conhecimento cientifico, emburrecida e que tudo aceita sem nada criticar ou pelo menos que se dá ao trabalho de entender as circunstâncias ao seu redor e quais os efeitos das mesmas vai repercutir na vida da sua comunidade. Querendo ou não, as figuras públicas, também fazem parte da classe dos formadores de opinião. Quer seja pelas palavras ou pelas acções mais propriamente, e elas são as “culpadas/instigadoras” da grande parte da desordem social com que vivemos, seja pela emissão de opinião preconceituosa seja pela neutralidade. Odeio ser o tipo de sujeito que julga as coisas com base no desejo de dar impressão de equilíbrio, moderação e tolerância e menos na investigação dos fatos. Isso é ser um DEMAGOGO PERIGOSO e estragar o mundo com essa desgraça de relativismo e progressismo doentios. As figuras públicas deviam saber que detém em si um grande poder de influência sobre seus admiradores, seguidores e fãs. Deveriam desejar preparar-se mais, sob o pensamento de ao emitir uma opinião ou realizar determinada acção, estarem a levar milhares de pessoas ao declínio moral e ao precipício intelectual ou a incentiva-las a cultura do que é virtuoso, piedoso, solidário e a promover uma ordem social. Infelizmente, as "figuras do público" transbordam de ausências de autenticidade e de currículo, por isso instigam a burrice generalizada na sua arte e, pior, nas suas opiniões pessoais. Além de produzirem um conteúdo artístico muitas vezes plagiado de outras culturas, revelando a profunda ignorância da sua própria identidade cultural e artística, importam não apenas os aspectos positivos, mas mais comummente os negativos.É triste perceber que as nossas figuras públicas, ou mais condignamente, FIGURAS DO PÚBLICO (porque se deixam levar pela opinião da maioria despreparada ou pelo politica/socialmente correcto) perdem toda sua integridade intelectual e autenticidade na personalidade, simplesmente para se manter na haste da fama e no gorjeio da boca de seus admiradores! Muito triste... Aceitar qualquer opinião sem reflectir os efeitos colaterais das mesmas é preconceito! Sugiro que repensemos os conceitos sobre respeito e liberdade de expressão, pudor, modéstia, ordem pública, cultura e educação. Sugiro que deixemos de alienações, aculturações e pensemos naquilo que é melhor para Angola, não apenas no presente, mas a Angola que pretendemos legar a nossa posteridade! Se os outros fizeram, sãoisso mesmo, os outros. Não significa que vá ser igualmente bom para Angola.
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