quinta-feira, 13 de setembro de 2018

QUE QUALIDADE PROCURAR NUMA PESSOA PARA SER NOSSA PARCEIRA? |Emanuel Lima

A imagem pode conter: 6 pessoas, pessoas a sorrir, pessoas sentadas
Caras-metades não existem, nem outras metades da laranja, pessoas sem defeitos e príncipes encantados montados em cavalos brancos são histórias deixadas para trás com o romantismo. A pós-modernidade revela bem as misérias auguras na alma de todos nós. 

Num período da história em que quase sempre ruge dentro de nós (jovens) a necessidade “imediata” de entrarmos em relacionamentos, como se estivéssemos em uma competição, urge também a necessidade de se refletir sobre o perfil ideal para um companheiro de vida – ninguém quer pular de relacionamento a relacionamento, e mesmo que pareça bom por um tempo, tudo cansa, e se não existir um compromisso, tudo acaba.

Se todas as fantasias criadas pelo romantismo, vão ao longo dos tempos se desmanchando, qual seria então o perfil ideal que devemos procurar encontrar naqueles que serão os nossos parceiros (as)? A despeito de todos os outros aspetos, sem me prolongar, eu digo que é a piedade! Mas não exclusivamente àquela dedicação ao serviço da fé, como é muitas vezes aplicada nas muitas passagens em que aparece, a palavra, na bíblia, e sim àquele carácter individual que aloca em si a bondade, a compaixão e a empatia. Não cometa o erro de relacionar-se afetivamente com uma pessoa que não seja piedosa.

  • O que não é a piedade?

É tudo o que é contrário a capacidade e necessidade da pessoa ser boa consigo mesma e com as outras, envolver-se intimamente com as dores alheias e respeitar as necessidades do próximo sabendo colocar-se em seu lugar. Se uma pessoa é tão fria e cínica, ao ponto de tornar-se indiferente as desgraças/alegrias coletivas e individuais, essa pessoa definitivamente não é a ideal para nos envolvermos emocionalmente. Se uma pessoa é boa apenas com quem ela quer e quando ela quer, essa pessoa não é piedosa. Toda a gente pode ser assim, aliás, a maioria das pessoas é assim.

Mais do que com a acção, a piedade tem que ver com a reacção também. É o que Jesus nos quer ensinar quando nos manda darmos o outro lado do resto para sermos esbofeteados e por isso também que nos manda amarmos os nossos inimigos. A piedade é uma virtude perpetuada em almas bondosas. Uma pessoa piedosa o é com todos e em todo o momento (embora algumas vezes falhe, nunca intencionalmente). Parece ser utopia encontrar uma pessoa assim, mas é exatamente assim que somos chamados a ser e a viver – havendo em nós o mesmo sentimento que houve em Cristo.

Se uma pessoa é grosseira com as outras, mal-educada, sem bom senso, se é individualista e não sabe colocar-se no lugar dos outros, se só pensa em si mesma e na satisfação de seus próprios desejos e prazeres, não ouve conselhos, o que nos faz pensar que ela será uma boa companhia para a vida? E pior, se uma pessoa só é boa com quem ela quer e quando quer, o que nos faz pensar que um dia não vá deixar de ser connosco? Lembre-se que o namoro e o casamento não são competições. Mesmo que todos os amigos (as) já estejam dando esse passo, não se precipite nem se angustie, exercite a paciência e seja uma pessoa com quem você mesma se relacionaria e procure até encontrar, uma pessoa que seja piedosa. Uma pessoa pode ser educada, romântica, engraçada, mas lembre-se que é a piedade que perpetua todas essas outras qualidades nela…!
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