quarta-feira, 22 de maio de 2019

A PARÁBOLA DAS ABELHAS E DOS ZANGÕES/ CASO ´´ VIAGEM (REGRESSO) DO CAMARADA PRESIDENTE JES´´. | José Lourenço


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Saint- Simon propôs a parábola das abelhas e dos zangões, surgida em 1819; os zangões são as categorias ociosas, os proprietários-rendeiros. As abelhas são os verdadeiros produtores sem os quais a nação não poderia subsistir. (Saint- Simon, 1819, 1966, pp.17-21) na enumeração das «abelhas», encontramos a prefiguração da ordem de excelência proposta mais tarde por Pareto.

«Os cinquenta primeiros físicos, os cinquenta primeiros químicos, etc.» Todavia trata-se de uma ordem de excelência nas actividades que se prestam arduamente à fraudulenta atribuição de «etiquetas» de pertença a uma elite. (Pareto,1916).

Saint- Simon enumera então categorias que cumprem as tarefas indispensáveis à prosperidade económica e ao progresso científico. Aos seus olhos, é a verdadeira elite do país. Lara (1995) refere que o poder político normalmente não se extingue com facilidade, podendo todavia mudar de elites, transferir-se para outros líderes e o facto político é todo o acontecimento implicado na luta pela aquisição, manutenção e exercício do poder na sociedade.

O poder em Angola é fundamentalmente concentrada naquilo que C.R. Mill denominou como o triângulo do poder Elite Política, Econômica e Militar e a passagem de poder criou em si um sentimento de insatisfação por parte de certas elites que encontram-se insatisfeitos com a rotura causado pela nova liderança.

Quanto aos zangões, Saint Simon não sonha de modo algum em atribuir-lhes uma «pontuação de excelência» Trata-se de homens e de mulheres que adquiriram uma posição preeminente na sociedade ou que herdaram (os príncipes e as princesas) .Sem dúvida que é injusto classificá-los de ociosos, mas a sua excelência-se é que existe excelência- manifesta-se em domínios de atividade que pouco servem para a prosperidade do país.

A viagem do camarada presidente JES criou na sociedade um facto político na medida em que a rejeição de viajar em voo do estado preocupou a nação sendo que o mesmo beneficia de vários privilégios consagrado na constituição angolana.

O comportamento de rejeição faz parecer a sociedade que existe uma desavença entre o antigo poder e o actual poder. E as recentes reações de sua filha aclaram a manifestação do conflito interno latente. De forma preocupante um dos jornais privados elencou a teoria da conspiração como se estivessem a preparar algo contra o ex estadista angolano.



A ser verdade, preocupa-nos bastante porque há muita fuga de informações e a comunicação social não deve ser veículo de boatos, intrigas. As medidas a serem tomadas devem merecer a concertação interna e eliminar a fuga de informações é necessário manter a coesão apesar das diferenças e que as divergências não sejam exterior para que os factos não alarmem a sociedade. «A melhor viagem é o regresso» e o maior desafio que existe entre o actual poder e ex estadista é manter vivo uma organização cujo nome é MPLA a sobrevivência da organização depende de ambos e que os militantes e sociedade civil não se deixam levar pelas divergências com a força do passado e a rotura do presente que o grupo alinha-se às mudanças de novos paradigmas.

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