
Os jornalistas da rádio e televisão públicas de Angola ameaçaram esta sexta-feira convocar uma greve caso as administrações das duas empresas se recusassem a aceitar as exigências contidas num caderno reivindicativo a entregar segunda-feira de manhã.
A decisão foi tomada por cerca de cinco dezenas de profissionais da comunicação social da Rádio Nacional de Angola (RNA) e da Televisão Popular de Angola (TPA) durante uma reunião com o Sindicato dos Jornalistas Angolanos (SJA), em que foi redefinido o caderno de reivindicações exigidas há quase um ano.
Em declarações à agência Lusa, o presidente do SJA, Teixeira Cândido, lembrou que as administrações da RNA e da TPA terão, a partir da próxima segunda-feira, cinco dias para responder às reivindicações e que, se tal não acontecer, será convocada uma assembleia de trabalhadores para convocar a paralisação, cuja data será então marcada.
Entre as reivindicações está um aumento salarial condigno e a imposição de um salário mínimo para a classe jornalística de 180 mil kwanzas, uma vez que, atualmente, não existe qualquer limite mínimo, embora haja discrepâncias entre os que, em Luanda, auferem um mínimo de 93 mil kwanzas, e os do resto do país, cujo valor é, em grande parte dos casos, de 43 mil kwanzas.
Por outro lado, criticou a inexistência de critérios para a atribuição de salários, que tem funcionado até aqui com a “conveniência dos sucessivos conselhos de administração”.
Teixeira Cândido indicou que outra das exigências passa por pôr cobro ao “afastamento compulsivo de jornalistas experimentados” que, do lado da administração é argumentado como duplo vínculo, mas que, do ponto de vista “real”, é um duplo emprego.
Fonte:Correio da Kiamda
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