Wanitchanon, que respondia a perguntas do juiz da causa, afirmou também que Celeste de Brito tinha maior contacto com o canadiano Pierre René, outro co-réu, que se encontra foragido.
Manin Wanitchanon, solteiro de 36 anos e que no seu país já tinha sido condenado a um ano de prisão por uso de drogas, é agora acusado pela prática dos crimes de associação criminosa, fabrico e falsificação de títulos de crédito e defraudação pela forma frustrada.
Ontem, perante o juiz da Câmara Criminal do Tribunal Supremo, o réu disse ser formado em comunicação social e que conheceu o co-réu Raveeroj Richotenan há três anos, em Bangkok, num hotel em que este era hóspede frequente e aquele gerente de bar. Com a relação que tiveram, Wanichanon foi convidado a integrar a empresa de Richotenan, a Centennial Energy, onde, num espaço de dois meses, atingiu o cargo de director executivo, que exerceu até à altura da sua detenção.
Esta função chamou a atenção do juiz, que questionou como um gerente de bar atingiu aquele cargo em tão pouco tempo.
Numa outra parte do interrogatório, Wanichanon confirmou que esteve no Banco Nacional de Angola (BNA), na companhia de Richotenan e responsáveis da extinta Unidade Técnica de Investimento Privado (UTIP), então dirigida por Norberto Garcia, para tratar de questões cambiais. Na ocasião, terão sido recebidos pelo funcionário Edson Matoso, arrolado no processo como declarante.
Manin confirmou igualmente que conhece o general José Arsénio Manuel, também réu no processo, porque a Centennial Energy e a Co-operativa habitacional “Jango Yetu”, de que o general é o responsável, assinaram quatro acordos de parceria equivalentes a 38 biliões de dólares. Os referidos acordos, esclareceu, tinham como objectivo principal a construção de casas sociais para os militares.
O réu disse ter havido um desentendimento entre a ré Celeste de Brito e a Centennial Energy, por, supostamente, aquela não ter conseguido facilitar um encontro entre Raveeroj Richotenan e o Vice-Presidente da República, Bornito de Sousa.
Joenal de Angola
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