sexta-feira, 14 de dezembro de 2018

Polícia dispara mortalmente contra uma mãe e sua filha

O duplo homicídio voluntário aconteceu, na manhã de ontem, em Viana, quando o desentendimento originado pelo facto de um jovem ser interpelado pelo agente da Polícia Nacional, quando transportava uma botija de gás butano, terminou com duas vítimas mortais, a mãe e a irmã do referido jovemO bairro Calucango, no município de Viana, em Luanda, registou uma manhã trágica, ontem, resultante daquilo que os populares caracteriza de “mal-entendido”, por parte dos agentes da Polícia de Ordem pública, pertencentes a Divisão daquele município, que se encontravam a fazer patrulhamento na área.

Segundo as testemunhas, Marcelina António (mãe), de 47 anos de idade, e Dina José Muginga (filha), de 20 anos de idade, as vítimas mortais, tentavam acudir ao filho (e irmão) que tinha sido interpelado pelos dois agentes da PN, que fazia patrulha, sob a alegação de que a botija de gás butano que transportava era roubada.

As duas cidadãs tomaram conhecimento de terceiros que o seu familiar tinha sido interpelado, quando ia à compra do gás, e os polícias alegavam que este tinha roubado a botija. Dirigiram-se ao local e, tão logo chegaram, houve troca de palavras e instaurou-se o tumulto, que infelizmente terminou com disparos de arma de fogo, praticado por um efectivo da Polícia Nacional, e vítimas mortais.

As testemunhas afirmam que os disparos, que deviam ser feitos ao ar, foram feitos à queima-roupa, pelo que Marcelina e a filha Dina, por terem sido as que estavam em frente ao problema, foram os alvos.

 
O Comando Provincial de Luanda da Polícia Nacional tornou público, ontem, por volta das 16 horas, um comunicado lamentando o sucedido e condenando veementemente a acção dos agentes. Na mesma comunicação, aproveitou para juntar-se à família enlutada, neste momento de dor e luto, para endereçar os sentimentos de pesar.

Dadas as fortes suspeitas de inobservância dos princípios de actuação policial por parte dos agentes visados, encontram-se detidos, para fins processuais subsequentes. Diligências prosseguem no sentido do esclarecimento total dos factos, bem como, para o apuramento das responsabilidades que podem advir da referida conduta….

Fonte:O país

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