
Presidente Kabila exigiu a retirada dos Capacetes Azuis
Fotografia: DR
A Igreja Católica escreveu ao Secretário-Geral da ONU, António Guterres, explicando que nenhuma autoridade congolesa, nem mesmo o Presidente Kabila, tem a legitimidade para exigir a retirada dos capacetes azuis da República Democrática do Congo (RDC).
A reacção do Comité Laico dos Católicos (CLC) surgiu depois do discurso pronunciado terça-feira pelo Presidente Kabila, na 73ª sessão Assembleia Geral da ONU, durante a qual defendeu a retirada dos capacetes azuis do Congo.
Para o CLC, não há na RDC uma instituição legítima autorizada a solicitar a redução dos capacetes azuis ou o fim do mandato da Monusco, a menos que haja um consenso nacional, o único garante da salvaguarda do interesse geral.
A insistência na retirada da Missão da ONU é suspeita e pode constituir uma vontade deliberadamente planificada de mergulhar o país num caos absoluto neste período pré-eleitoral, escreve o CLC na carta dirigida a António Guterres, alertando a comunidadeinternacional sobre o perigo que representa a saída, mesmo parcial da Monusco, num contexto de segurança tão precário.
Por outro lado, a Igreja Católica informou que vai notificar oficialmente Emmanuel Shadary, candidato presidencial da Maioria para que este não utilize a imagem do Papa Francisco para o seu posicionamento, como tem feito.
Entretanto, as autoridades congolesas autorizaram a realização hoje, em Kinshasa, de uma reunião da oposição onde mais uma vez será abordada a questão da escolha de um candidato único comum para se apresentar às eleições presidenciais marcadas para o dia 23 de Dezembro.
Nesta reunião não poderá estar Moise Katumbi, impedido de entrar no seu país.
Jornal de Angola
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