Um total de 2650 novos professores admitidos no último concurso público da Educação esperam pelas guias que possivelmente serão entregues na Sextafeira para começarem a leccionar. de acordo com a directora nacional dos recursos humanos do Ministério da Educação, Laudimira de Sousa, o atraso deve-se a razões técnicas
Os candidatos admitidos no último concurso público do sector da Educação na província de Luanda ainda não receberam as guias. A directora nacional dos recursos humanos do Ministério da Educação, Laudimira de Sousa, disse que, por norma, apenas emitem as guias depois da inserção no sistema financeiro, e este processo é moroso. “A inserção é feita uma por uma, e são 2650 professores nesta condição, só na província de Luanda. Então, os candidatos devem ficar descansados, pois todos receberão as respectivas guias”, disse.
Garantiu que tão-logo termine a fase de inserção, serão emitidas as guias, embora de momento encontrem algumas dificuldades, “Temos nos deparado com situações de várias naturezas, como de IBAN, de NIF, ou porque o agente já é da função pública e não pode voltar a ser inserido. Mas até Sexta- feira desta semana a situação será resolvida”. Quanto à carga horária dos professores, que foi aumentada, explicou que o Decreto 160/018 de 03 de Junho é claro. É um documento que existe desde 2012 e apenas foi aprovado em 2018, mas que teve o envolvimento dos vários sectores na sua discussão.
Os professores do I Ciclo tinham mais carga horária em relação aos professores do II Ciclo, em contrapartida, havia docentes que eram obrigados a trabalhar todos os dias úteis, enquanto outros apenas duas ou uma vez por semana. Tanto o que trabalhava todos os dias quanto o que trabalhava duas ou uma vez por semana ganhavam o mesmo salário, para além de terem praticamente a mesma formação académica. De acordo com Laudimira de Sousa, a situação vivida anteriormente implicaria recrutar mais recursos humanos, e com as dificuldades económicas que o país está a passar, não é possível.
“Se estivéssemos em boas condições estaríamos a recrutar 60 mil professores em todo o país, mas foi-nos permitido apenas 20 mil”. Assim, a entrevista considera o aumento da carga horária como um reajuste que tem respaldo legal. Sobre a preocupação apresentada por 38 professores do II Ciclo aprovados no concurso e não convocados por limitações de vagas, uns já foram chamados para cobrir vagas de desistentes. “Nós precisamos de funcionários a trabalhar, temos quatro grandes escolas novas por arrancar, com mais de 30 salas. Os professores vão trabalhar, são apenas questões técnicas que fizeram com que as guias não saíssem até ao momento”, reforçou, Laudimira de Sousa.
O País
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