A unidade de protecção Civil e Bombeiros chama a atenção ao uso abuso de álcool que culmina em coma etílico, neste período do ano, pois as vítimas deste tipo de coma poderão estar na iminência de perder a vida. O alerta surge ainda pelo facto de as pessoas alcoolizadas, nos hospitais, serem apenas assistidas depois de o efeito do álcool passar
A passagem de ano, em muitas da artérias da capital e não só, é marcada com o excesso de consumo de bebidas alcoólicas. No tão conhecido Réveillon, têm-se registado muitos casos de coma etílico, sendo que alguns, infelizmente terminam em morte.O coma etílico ou alcoólico acontece quando a pessoa fica inconsciente devido aos efeitos do excesso de álcool no organismo, que ultrapassa a capacidade do fígado de metabolizar este produto, o que leva à intoxicação do cérebro e de diversos órgãos do corpo.
Esta condição é considerada um estado grave, e caso não seja rapidamente tratada, pode levar à morte, devido à diminuição da capacidade respiratória, lentificação dos batimentos cardíacos, além de queda dos níveis de glicose no sangue ou outras complicações como desenvolvimento de arritmias, por exemplo.
Para este situação, a unidade de Protecção Civil e Bombeiros, na voz do seu porta-voz, Faustino Minguéns, chama a atenção para o consumo moderado de álcool, já que muitos que não observam esta recomendação acabam engrossando o número de acidentes de viacção.
Depois, recorda que, para se prestar assistência a uma pessoa sob efeito de álcool, primeiramente, deve-se deixar que o seu efeito passe. “Não se pode prestar assistência médica imediata a uma pessoa sob efeito de álcool.
Daí que estamos sempre a chamar a atenção sobre o consumo moderado deste produto”, acrescentou. Nos casos em que o coma acarreta consigo o acidente de viacção, o porta-voz diz que é necessário que se comunique aos Bombeiros, por serem estes que estão dotados de técnicas e materiais, para o tratamento da vítima.
Por outra, a vítima deverá ser prontamente socorrida numa unidade hospitalar, mas, mais uma vez, a sua assistência só será feita depois de o efeito do álcool passar. “O socorro deve ser prestado sempre por pessoas entendidas da matéria, para que nas situações em que há encarceramento hospitar, por exemplo, não se crie mais lesões às vítimas”, voltou a alertar.
Para os casos de coma etílico que acontecem dentro de residências, neste caso, dentro dos serviços de socorro, os Bombeiros não têm sido chamados com muita frequência, mas sim para os que terminam em acidentes de viacção.
Ter consciência preventiva
Para Fausino Minguéns, é fundamental que se tenha uma consciência preventiva, que não se consuma o álcool de forma excessiva, pois as consequências podem ser devastadoras.
“Neste período da quadra festiva nós estamos diante de três riscos iminentes identificados, não obstante existirem outros: risco de afogamento (para aquelas pessoas que vão à passagem de ano à beira mar ou perto de piscina), risco de incêndios (os acidentes domésticos crescem neste período, por falta de manuntenção, falta de atenção e emoções que tomem conta de si) e, por último, risco de acidente de viacção”, reportou o especialista.
Após a identificação destes risco, segundo ele, é importante que se tomem as mediadas preventivas e, por isso, os Bombeiros têm realizado várias actividades de sensibilização, no sentido de incultir na mente dos cidadãos a atitude preventiva.
O PAÍS
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