segunda-feira, 8 de outubro de 2018

JOÃO LOURENÇO CHEGA A BEIJING



O Presidente da República, João Lourenço, chegou a Beijing, China, ao princípio da manhã (madrugada em Angola) desta segunda-feira, no quadro de uma visita de Estado, de dois dias, a convite do seu homólogo Xi Jinping..


O Chefe de Estado volta à capital chinesa 36 dias depois de ter participado na III Cimeira do Fórum de Cooperação China-África (03 a 04 de Setembro)), à frente de uma importante delegação ministerial, para reforçar a cooperação bilateral, iniciada em 1983. Eram 09h05 minutos locais (02h05 em Angola) quando João Lourenço e a primeira-dama Ana Dias Lourenço desembarcaram na capital chinesa, onde foram recebidos pelo ministro assistente dos Negócios Estrangeiros da China, Chen Xiaodong. Na recepção ao Presidente da República estiveram, igualmente, o ministro das Relações Exteriores, Manuel Augusto, o embaixador de Angola na China, João Salvador dos Santos Neto, o embaixador da China em Angola, Cui Aimin, entre outras individualidades. João Lourenço inicia terça-feira o seu programa oficial, com a deposição de uma coroa de flores na Praça da Paz Celestial (Praça Tiananmen), no centro da capital da China.

Trata-se da terceira maior praça pública do mundo (só é superada pela Praça Merdeka, em Jacarta, Indonésia, e pela Praça Girassóis, no Brasil), que contém um monumento de 38 metros, erguido em memória dos heróis desse país asiático. A Praça da Paz Celestial é conhecida pelos chineses como o coração simbólico do país, por ter testemunhado um massacre, na sequência de um protesto liderado por cidadãos de diferentes grupos sociais, ocorrido entre 15 de Abril e 4 de Junho de 1989. O programa oficial, a que a Angop teve acesso, prevê ainda para terça-feira um encontro de João Lourenço com o primeiro-ministro da China, Li Keqiang. Estão ainda previstas audiências com entidades empresariais chinesas e um encontro com o presidente do Comité Permanente da Assembleia Popular Nacional da República Popular da China, Li Zhanshu. Acordos em vista O ponto alto do dia (terça-feira) será o das conversações oficiais entre as duas delegações, lideradas por João Lourenço e pelo seu homólogo da China, Xi Jinping, que culminará com a assinatura de quatro instrumentos jurídicos.

Trata-se do Acordo para Evitar a Dupla Tributação, do Acordo de Cooperação Económica e Técnica entre os dois Países, do Acordo sobre a Linha de Crédito entre o Banco de Desenvolvimento da China e o Ministério das Finanças, bem como um Memorando de Entendimento sobre os Recursos Humanos. De igual modo, está previsto um banquete oficial, oferecido por Xi Jinping. Para quarta-feira, o programa de João Lourenço reserva uma deslocação ao Centro Tecnológico da Huawei e visita a empreendimentos diversos na cidade de Tianjin. Naquela localidade, o Presidente da República vai inteirar-se do funcionamento da Zona Marginal de Tecnologia Moderna de Tianjin, do Pavilhão de Planeamento Municipal e de uma zona com arquitetura de estilo italiano. João Lourenço, que tem vindo a defender (desde a sua tomada de posse em 2017) uma diplomacia ao serviço da economia, deve regressar a Angola quinta-feira (11). A sua deslocação à China ocorre numa altura em que o país procura recuperar de uma forte crise económica, derivada da queda do preço do barril de petróleo no mercado internacional.

Desde finais de 2014, a economia angolana abrandou e reduziram as receitas. Dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), divulgados pelos Jornal Expansão, apontam que, no primeiro trimestre de 2018, “a riqueza gerada em Angola recuou 2,2 por cento, face ao mesmo período de 2017”. Em relação ao trimestre anterior, os números revelam que “o PIB baixou 0,9 por cento”. Os mesmos dados apontam que Angola “entrou no ano de 2018 com o Produto Interno Bruto a registar contracções de 2,2 por cento nos três primeiros meses, face ao mesmo período de 2017, e de 0,9 face ao quarto trimestre de 2017”. Para recuperar o vigor económico e relançar os seus projectos estruturantes, Angola quer continuar a contar com o apoio da China, que se tornou, nos últimos 16 anos, o principal financiador estrangeiro de infra-estruturas angolanas. A primeira linha de crédito daquele país asiático a Angola foi criada em 2002. Estima-se que a China tenha financiado, até ao ano de 2018, 23 mil milhões de dólares para projectos de infraestruturas em Angola, segundo as autoridades .

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