O Presidente dos Estados Unidos da América deu a solução ao Governo espanhol para se livrar da vaga de imigrantes africanos que nos últimos anos tem chegado a este país europeu ilegalmente por via marítima: "construam um muro no deserto do Saara".
Mas Trump, não está a ver bem o problema porque ignora a dimensão dos enclaves espanhóis no norte de África.
Donald Trump, segundo o ministro dos Negócios Estrangeiros espanhol, Josep Borrel, aconselhou o Governo de Madrid a erguer um muro no Saara, apesar de isso implicar construir uma vedação sólida ao longo de mais de 3 000 quilómetros nas áridas areias do Saara.
No entanto, apesar de Espanha ver na dimensão e custos de tal estrutura algo inusitado, o Presidente norte-americano não pareceu compreender as dúvidas e, ainda de acordo com Borrel, citado pela imprensa espanhola e norte-americana, exclamou: "Um muro no deserto não pode ser mais complicado de erguer que o muro entre o México e os EUA".
A construção de um muro entre o sul dos EUA e o norte do México, para evitar a entrada de imigrantes ilegais nos estados Unidos, é uma das mais polémicas e sonoras ideias - e promessas eleitorais - de Donald Trump, cujos custos, segundo algumas estimativas, ascenderá a mais de 200 mil milhões de dólares, cobrindo mais de 2 500 quilómetros.
Demonstrando, mais uma vez, uma ignorância geográfica quase de igual dimensão à do muro que aconselhou Espanha a construir, Donald Trump esqueceu-se de que o Governo de Madrid só dispõe de autonomia para, se algum dia aceitasse a sua ideia, construir escassas dezenas de quilómetros de muro ao longo dos dois pequenos enclaves que administra no norte de África - Ceuta e Melilla -, obrigando a "invadir" território marroquino para o fazer.
Esta ideia de Trump, que alinha ideologicamente com as ideias anti-imigração de governantes europeus como os xenófobos Matteo Salvini, ministro do Interior italiano, e o primeiro-ministro húngaro, Viktor Órban, foi anunciada por Josep Borrel em plena crise migratória na Europa, a vivenciar há já alguns anos as vagas de migrantes clandestinos do continente africano que chegam às costas europeias da Grécia, Itália e Espanha - este último é agora o mais procurado pelos clandestinos que procuram entrar no "el dorado" europeu - às centenas, diariamente.
Só este ano terão chegado a Espanha mais de 30 mil imigrantes ilegais provenientes de África, com maior incidência em países como o Níger, Mali, Eritreia ou Senegal, entre outros.
Mas, segundo os media espanhóis, o conselho terá sido dado em Junho, quando o ministro acompanhou o casal real espanhol, Felipe e Letizia numa visita a Washington, e foi tornado público agora, em Madrid.
Mas o Governo espanhol não alinha com Trump, nem com os seus correligionários anti-migrantes europeus, tendo Josep Borrel, ainda segundo a imprensa, afirmado na mesma ocasião em que divulgou o "plano" de Trump, que Espanha não atravessa propriamente uma crise migratória, visto que se fala de algumas dezenas de milhares de pessoas que chegam por ano a um país com mais de 40 milhões de habitantes, o que permite diluir o problema sem grandes constrangimentos, recusando mesmo que se esteja face a uma imigração em massa.
Donald Trump, segundo o ministro dos Negócios Estrangeiros espanhol, Josep Borrel, aconselhou o Governo de Madrid a erguer um muro no Saara, apesar de isso implicar construir uma vedação sólida ao longo de mais de 3 000 quilómetros nas áridas areias do Saara.
No entanto, apesar de Espanha ver na dimensão e custos de tal estrutura algo inusitado, o Presidente norte-americano não pareceu compreender as dúvidas e, ainda de acordo com Borrel, citado pela imprensa espanhola e norte-americana, exclamou: "Um muro no deserto não pode ser mais complicado de erguer que o muro entre o México e os EUA".
A construção de um muro entre o sul dos EUA e o norte do México, para evitar a entrada de imigrantes ilegais nos estados Unidos, é uma das mais polémicas e sonoras ideias - e promessas eleitorais - de Donald Trump, cujos custos, segundo algumas estimativas, ascenderá a mais de 200 mil milhões de dólares, cobrindo mais de 2 500 quilómetros.
Demonstrando, mais uma vez, uma ignorância geográfica quase de igual dimensão à do muro que aconselhou Espanha a construir, Donald Trump esqueceu-se de que o Governo de Madrid só dispõe de autonomia para, se algum dia aceitasse a sua ideia, construir escassas dezenas de quilómetros de muro ao longo dos dois pequenos enclaves que administra no norte de África - Ceuta e Melilla -, obrigando a "invadir" território marroquino para o fazer.
Esta ideia de Trump, que alinha ideologicamente com as ideias anti-imigração de governantes europeus como os xenófobos Matteo Salvini, ministro do Interior italiano, e o primeiro-ministro húngaro, Viktor Órban, foi anunciada por Josep Borrel em plena crise migratória na Europa, a vivenciar há já alguns anos as vagas de migrantes clandestinos do continente africano que chegam às costas europeias da Grécia, Itália e Espanha - este último é agora o mais procurado pelos clandestinos que procuram entrar no "el dorado" europeu - às centenas, diariamente.
Só este ano terão chegado a Espanha mais de 30 mil imigrantes ilegais provenientes de África, com maior incidência em países como o Níger, Mali, Eritreia ou Senegal, entre outros.
Mas, segundo os media espanhóis, o conselho terá sido dado em Junho, quando o ministro acompanhou o casal real espanhol, Felipe e Letizia numa visita a Washington, e foi tornado público agora, em Madrid.
Mas o Governo espanhol não alinha com Trump, nem com os seus correligionários anti-migrantes europeus, tendo Josep Borrel, ainda segundo a imprensa, afirmado na mesma ocasião em que divulgou o "plano" de Trump, que Espanha não atravessa propriamente uma crise migratória, visto que se fala de algumas dezenas de milhares de pessoas que chegam por ano a um país com mais de 40 milhões de habitantes, o que permite diluir o problema sem grandes constrangimentos, recusando mesmo que se esteja face a uma imigração em massa.
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