quinta-feira, 2 de agosto de 2018

Iluminação do Jardim da Cultura no Huambo orçada em cerca de Kz 50 milhões

 














 
Alguns dos bens públicos existentes na cidade do Huambo, entre os quais o Jardim da Cultura, têm sido frequentemente vandalizados pela população. Um dos casos mais marcantes foi a destruição do sistema de iluminação pública do centro e do sistema que abastece os semáforos.
 
Cerca de 50 milhões de Kwanzas estão a ser aplicados pelo Governo provincial do Huambo na reabilitação e substituição das luminárias do Jardim da Cultura, cujas obras arrancaram na Segunda- feira. No contrato para essa empreitada consta o aproveitamento de todas os postes de iluminação, a retirada das luminárias, fornecer e montar luminárias novas com disco tipo led, revelou Feliciano Neves, gestor da empresa Soma Luz, em entrevista à Rádio Mais Huambo. O Jardim da Cultura, localizado na parte alta da cidade, é um dos locais que têm sido permanentemente vandalizados pela população. Alguns munícipes surripiam os cabos dos postes e as colunas de iluminação são abertas para pilharem os materiais que aí se encontram. “Isso tem sido frequente.
 
A última vez foi detectada há dois dias, provavelmente porque havia muita gente por perto”, frisou. Feliciano Neves disse que, face a essa situação, tem-se procurado responder às solicitações de imediato, subsistindo os bens destruídos, mas “vandalizados de um dia para o outro”. A empresa Soma Luz, sediada no Huambo, está, desde Junho do ano passado, encarregada pela manutenção da iluminação pública na parte alta e em algumas artérias da parte baixa da cidade do Huambo. “Serão aplicadas luminárias novas, mais altas e modernas, do tipo led, que consomem menos energia em relação às antigas”, frisou. As antigas serão aplicadas em outros jardins da cidade que se encontram às escuras. Feliciano Neves explicou ainda que enquanto não se concluir a importação de tais luminárias, vão tentar repor a iluminação existente no sentido de o jardim ter luz suficiente no período nocturno. As de dois metros serão substituídas por outras de três a quatro dr metros. Por outro lado, aventou a possibilidade de a última ocorrência ter sido motivada pelo facto de os munícipes se terem apercebido de que seria realizado uma operação mais profunda.
 
  • Governo conta com a população para travar vandalismo
 
A vice-governadora da província do Huambo para o sector Político, Social e Económico, Maricel Capama, disse estar preocupada com a vandalização dos bens públicos que estão a afectar obras a nível local. A título de exemplo, contou, em entrevista à Rádio Mais Huambo, que registaram actos de vandalismo no sistema de iluminação pública do centro da cidade e no sistema de corrente eléctrica que abastece os semáforos aí localizados. “Ficamos tristes quando os próprios beneficiários, a população, vandalizam um bem público, acabando por prejudicar outrem. Os investimentos que estão a ser feitos destinam-se não só à iluminação pública, como também aos semáforos”, frisou. Do seu ponto de vista, tais situações poderão ser evitadas se cada cidadão agir como fiscal do outro, denunciando os prevaricadores à Polícia. Maricel Capama disse ainda que uma equipa de técnicos do Governo local, da qual fez parte, realizou uma visita de campo, no Sábado, à área mais crítica da capital da província que já havia sido intervencionada. “Infelizmente, no Sábado, depois da nossa retirada do local, pessoas de má-fé foram lá fazer um trabalho que nos deixou muito tristes”, frisou. No entanto, desde Segunda-feira que uma empresa contratada pelo Estado está a proceder à recuperação do mesmo, o que, de resto, já estava programado.

Fonte: O País

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