sábado, 30 de junho de 2018

Hospital público português investiga cobranças por partos a angolanas: Médica terá facturado mais de 100 mil euros só em 2017



O Hospital Amadora-Sintra, nos arredores de Lisboa, Portugal, abriu um inquérito para investigar uma denúncia contra uma das suas médicas, acusada de montar um serviço paralelo na unidade de Saúde, através do qual cobra comissões por partos a cidadãs angolanas que não estão inscritas no sistema de saúde português.

O caso também está a ser investigado pela Entidade Reguladora da Saúde de Portugal, e foi remetido pelo próprio Hospital ao Ministério Público luso, na sequência de uma investigação da RTP, que vai ser transmitida na íntegra esta noite, no programa "Sexta às 9".

Embora a reportagem ainda não tenha sido exibida, o canal estatal já partilhou, na sua página web, excertos da mesma.

Segundo a informação disponibilizada, várias cidadãs angolanas têm-se deslocado ao Hospital Amadora-Sintra, nos arredores de Lisboa, para realizarem partos combinados com uma médica dessa unidade de Saúde, identificada como Joana Neto, que só no ano passado terá facturado mais de 100 mil euros com o negócio.

Para além da nacionalidade angolana, as mulheres partilham o facto de não estarem inscritas no Sistema Nacional de Saúde português.

Embora a lei lusa preveja que nestas situações os partos sejam cobrados, os valores exigidos pela médica ultrapassam os montantes estabelecidos.

Por exemplo, a RTP simulou o interesse nos serviços da clínica, e obteve, a partir de um contacto telefónico os seguintes preços: parto normal a rondar os 1000-1500 euros e cesariana à volta dos 2.000 euros. Isto apesar de a lei estipular valores médios de 592 euros e 976 euros, consoante seja parto normal ou cesariana, respectivamente.

Confrontada com as alegações, a médica, que, segundo a RTP trabalha há 16 anos no Amadora-Sintra, sempre no bloco de partos embora não seja ginecologista, garantiu que sempre agiu com conhecimento do serviço de Obstetrícia, informação que o inquérito deverá esclarecer.


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