quinta-feira, 7 de fevereiro de 2019

As incertezas americanas: o caso da venezuela | José Lourenço

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Os conflitos na América têm dado resultados previstos. O caso da venezuela não será excepção na medida em que os conflitos são de natureza política.

Existe uma guerra política entre a direita e a esquerda e maior parte dos partidos esquerdistas com forte apoio do comunismo ou o socialismo estão a ser retirados da cena política.

Aconteceu com Argentina, Brasil e o México continua a ser o próximo alvo.

Hoje o comunismo que nos parece um socialismo democrático está em desuso em função dos partidos de esquerdas estarem profundamente envolvidos em casos de corrupção e má governação e suas lideranças representam a única solução.

Quanto ao caso do conflito da venezuela a liderança de Nicolás Maduro não vai para muitos anos em função de ter um adversário que conta com o apoio de vários países da comunidade europeia e dos estados unidos da américa. Se a esquerda brasileira e da argentina não resistiram a vassoura não me parece que Maduro consegue. É de recordar que o Presidente Nicolás Maduro é muito forte e aprendeu muito e a proximidade com malogrado e imortal comandante Hugos Chaves deu-o inputs elevados no sistema de relações internacionais por isso continua a ter apoio do Bloco Soviético e da grande potência que é a china.

Os que se posicionam a favor de Guaidó claramente podem apontar erros do governo Maduro como: má governação que criou uma crise humanitária sem precedentes, milhares de venezuelanos abandonam o país porque não há certeza que Maduro encarna o comandante Chaves. infelizmente para a esquerda os grandes pilares na América Latina vão desmoronando, a vida levou o comandante Fidel, levou Chaves, e abandonou Lulas e hoje os especialistas em relações internacionais afirmam que: O comunismo já não mete medo. KASPI & DUROSEELLE(2009, P577) A política externa da direita é muito forte mas as suas intervenções levam ao descontentamento daqueles que sofrem diretamente com as intervenções em território próprio. Liberta-se o povo da ditadura mas apresentam grandes dificuldades em ajudar uma república a reerguer-se com pessoas que acertam naquilo que chamamos de justiça social.

Em sociologia das relações internacionais qualifico a venezuela como um dos países posicionado no movimento daqueles países denominados NÃO ALINHADOS. A venezuela enfrenta uma crise de um fenômeno cíclico inerente ao sistema político internacional.

Quanto a minha visão o diálogo entre as partes litigantes na venezuela é a saída da crise política e humanitária. O conflito está em fase latente e sua manifestação pode espoletar numa guerra civil se o presidente Nicolás Maduro não renunciar.

É pouco provável que recue em função de ter apoio interno pelas forças armadas e algumas potências internacionais e nas aparições e discursos deixa sempre a ideia aberta de que não descarta uma reação militar se seu opositor e populares receberem apoio militar.

Guaidó surge como uma revelação no sistema político e propõe algo bonito que os politólogos afirmam concorrer para expressão do sufrágio, o professor Adriano Moreira aponta um modelo funcional que denomina como: concorrência para a formação e expressão da vontade política. E Guaidó leu bem este sistema e coloca em funcionamento as ideias como: formação da opinião pública, hoje têm visibilidade nacional e internacional pelos mídia e ganhou aceitação internacional, nos seu discursos propõe eleições e com certeza que não está nesta luta sozinho deve ter vários candidatos que o apoiam, e no futuro pretende disciplinar as pessoas que poderão ser eleitas só que o opositor auto proclamou-se presidente da república e não têm um partido que aparece como seu suporte e pode ser uma réplica idêntica ao fenômeno Brasileiro. O presidente Jair Bolsonaro considera venezuela como uma ditadura e é favor da intervenção. Penso que devemos respeitar as opiniões individuais não apoio intervenções militares, sua Santidade Papa Francisco deve aconselhar as partes e muito obrigado presidente Bolsonaro por ajudar na recepção de milhares de pessoas que abandonaram Venezuela em função destas posições antagônicas deste nosso conturbado planeta terra.

Bodin entende que os atributos da soberania são o poder legislativo e o poder executivo.
Sobre as três formas clássicas de governo- Monarquia, Aristocracia e Democracia.

A soberania, é o poder absoluto e perpétuo de uma República, um poder não subordina à lei.
O poder soberano só existe quando o povo se despoja do seu poder soberano e o transfere inteiramente para o governante. Assim, o poder conferido ao soberano é o reflexo do poder divino, e, por isso, os súbditos devem obediência ao seu soberano. E o povo de venezuela está dividido, a democracia venezuelana está em crise. E o poder de MADURO amadureceu muito ao ponto de seus adversários pensarem em comê-lo


Por José Lourenço | Sociólogo

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