Segundo a irmã da vítima, Micaela Barros, que falava aos microfones da Rádio Luanda, Olívio da Silva, marido da malograda, Carolina Joaquim de Sousa Da Silva confessou o crime à Polícia Nacional.
A irmã, acrescentou ainda que a confissão foi graças a perícia feita em casa do casal, onde foram encontrados vestígios de sangue.
“Não houve luta, o golpe foi fatal, ele deve ter pegado num bloco e atirado contra a minha irmã, o que causou a morte imediata”, deduziu, acrescentando que, esta deve ser a causa de os vizinhos não terem ouvido nenhum barulho.
Ciúme, o molde do bárbaro assassinato
Barros contou ainda que o ‘assassinato’deveu-se devido a ciúmes, Carolina, conta, avisou ao esposo que estaria numa festa no escritório de advogados onde trabalhava, e chegaria mais tarde do que o normal, o que foi visto como uma afronta pelo suposto homicida.
No entanto, a família de Carolina lamenta o a frieza do já detido esposo, que dormiu em casa dos familiares da malograda durante cinco dias, acompanhou a família aos hospitais e morgues a procura da mulher, quando sabia onde ela se encontrava e o que tinha acontecido.
Conheça o caso
A jovem advogada Carolina Joaquim de Sousa da Silva, de 26 anos, desaparecida desde o dia 29 de Novembro, foi encontrada morta na fossa da sua residência, no bairro do Zango III, município de Viana, província de Luanda.
O porta-voz da Delegação Provincial do Ministério do Interior em Luanda, intendente Mateus Rodrigues, esclareceu que a jovem, supostamente, saiu de casa para ir trabalhar e não mais voltou.
Preocupado, o marido decidiu apresentar queixa junto de uma esquadra da Polícia no Zango, onde os operacionais do Serviço de Investigação Criminal (SIC) com a colaboração do cônjuge realizaram uma série de buscas para localizar a jovem advogada, mas sem sucesso.
Segundo Mateus Rodrigues, o trabalho de inteligência policial culminou com a descoberta ontem do corpo da jovem na própria residência do casal. Esta situação está a levantar várias inquietações por parte da família da malograda e da sociedade sobre as causas da morte e o suposto autor deste crime que mais uma vez choca a cidade capital.
“Somente o SIC pode responder as tais inquietações como, por exemplo, o facto de ter supostamente ido trabalhar e aparecer logo na fossa de casa. Quem terá sido o autor deste crime contra uma mulher indefesa e na sua própria casa?”, interrogou-se o intendente.
Para ele, as questões sobre a morte da advogada, que estão a ser levantadas pela sociedade e pelos familiares da jovem somente o SIC pode responder, mediante as investigações feitas.
Mateus Rodrigues disse que estão a ser feitas várias diligências no sentido de encontrar o suposto culpado deste crime, e lembrou que durante o dia de ontem não foi feita nenhuma detenção, estando, por agora, a analisar e a examinar minuciosamente todas as circunstâncias que envolvem a estranha morte de Carolina Silva.
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