Depois de em meados de Novembro ter fracassado a primeira manifestação na sede do partido por falta de apoiantes, agora pretendem fazê-lo junto da PGR, neste Sábado.
Um grupo de seis ex-militantes da Aliança Patriótica Nacional (APN), liderados por Daniel Pedro, está a ser acusado de promover actos de vandalismo e rebelião contra o líder desta força política, em troca do seu reenquadramento. A acusação foi feita pelo próprio presidente deste partido extraparlamentar, Quintino Moreira, quando reagia à preparação de uma manifestação contra si, prevista para o dia 8 deste mês, junto à Procuradoria Geral da República (PGR).
A ser liderada por Daniel Pedro e Eduardo Luamba, antigos secretários para os assuntos políticos e eleitorais e para os assuntos jurídicos e constitucionais, respectivamente, a mesma visa convidar a PGR a instaurar um inquérito ao relatório da APN entregue à Comissão Nacional Eleitoral (CNE). O grupo, que ainda integra os ex-militantes Faustino António, António Gonçalves, Helena Maria Canguia, Asaf Mateus Silively e Samuel Maurício, remeteu já uma carta ao Governo Provincial de Luanda dando a conhecer a realização da aludida manifestação.
Em conversa com OPAÍS, esta Segunda- feira, 3, Quintino Moreira minimizou as acusações, dizendo que os protagonistas desta ideia foram suspensos em Novembro deste ano, por dois anos, após deliberação do Comité Central do partido. Contra os dois membros, segundo o líder desta força política, pendem acusações de atropelo aos estatutos, má conduta e comportamento indecoroso. Durante a conversa com este jornal, informou que os outros quatro membros saíram do partido voluntariamente para fundar um outro, mas sem sucesso.
Segundo o político, depois de não terem podido legalizar a comissão instaladora denominada ESNA, junto do Tribunal Constitucional(TC), estes membros tentaram regressar à procedência, mas também sem sucesso. “Esta é a razão que está a motivá- los para realizar esta manifestação contra mim e contra o partido”, revelou Quintino Moreira, acrescentando estar tranquilo e nada a temer. Reforçou que o objectivo desta manifestação é o de manchar a sua imagem em retaliação à não readmissão dos “dissidentes”, cuja decisão, segundo o líder, não depende exclusivamente dele. Avançou que em momento algum o partido os expulsou, realçando que a decisão de deixar o partido foi de “livre e espontânea vontade”.
0 comentários: