Panorâmica de Ndalatando onde ocorreram os sete crimes
Fotografia: Edições Novembro
“Tirei a vida a sete senhoras, com a ajuda do meu amigo. Tudo começou em 2016, nas imediações da ponte do comboio, no bairro Lússue, cerca de quatro quilómetros do centro da cidade de Ndalatando. Os homicídios, perpetrados nas lavras do Quilombo e zona do Bebe-Água, eram antecedidos por estupro”.
Confirmou que sempre contou com a ajuda de um amigo, que se encontra foragido, para praticar as violações, assassinatos e vários roubos em lavras e residências, em determinados pontos da cidade e bairros da periferia de Ndalatando.
“Nunca senti pena das minhas vítimas, porque estava sempre sob o efeito de álcool e drogas, violava-as e matava-as, só depois de estar consciente é que sentia o peso da responsabilidade do crime que acabava de cometer”, explicou.
Fotografia: Edições Novembro
“Tirei a vida a sete senhoras, com a ajuda do meu amigo. Tudo começou em 2016, nas imediações da ponte do comboio, no bairro Lússue, cerca de quatro quilómetros do centro da cidade de Ndalatando. Os homicídios, perpetrados nas lavras do Quilombo e zona do Bebe-Água, eram antecedidos por estupro”.
Confirmou que sempre contou com a ajuda de um amigo, que se encontra foragido, para praticar as violações, assassinatos e vários roubos em lavras e residências, em determinados pontos da cidade e bairros da periferia de Ndalatando.
“Nunca senti pena das minhas vítimas, porque estava sempre sob o efeito de álcool e drogas, violava-as e matava-as, só depois de estar consciente é que sentia o peso da responsabilidade do crime que acabava de cometer”, explicou.
Segundo ele, sempre agiam de forma muito calma ao abordar as vítimas, o que acontecia maioritariamente entre às 17 e às 18 horas, quando havia pouco movimento de pessoas em alguns locais onde se pratica a agricultura.
Depois das violações, acrescenta, a vítima era morta e posta em local visível ou no caminho que dá acesso às lavras, para posteriormente ser encontrada.
“Nós matávamos para não nos denunciarem à polícia ou no bairro”, diz Bernardo Miguel Manuel, que, a contas com a Justiça, mostra-se arrependido e promete nunca mais praticar tais acções.
Homicídio frustrado
“Nós matávamos para não nos denunciarem à polícia ou no bairro”, diz Bernardo Miguel Manuel, que, a contas com a Justiça, mostra-se arrependido e promete nunca mais praticar tais acções.
Homicídio frustrado
Já Gilson Cabunso Dala, de 23 anos, morador do bairro Catóme de Cima, está a ser acusado de tentativa de assassinato do seu progenitor, por, alegadamente, não lhe permitir contacto com os irmãos de outra relação.
Gilson Dala conta que a falta de apoio material e financeiro, bem como desinteresse e separação da família, promovida pelo pai, esteve na base da forte discussão, briga e tentativa de homicídio.
Tudo aconteceu quando Gilson, enfurecido com o suposto mau comportamento do pai, deslocou-se à sua residência, na localidade do Quirima do Meio, a sensivelmente 20 quilómetros da cidade de Ndalatando, com intenções de matar o seu progenitor, com uma faca, facto que foi confirmado pela Polícia Nacional.
Tudo aconteceu quando Gilson, enfurecido com o suposto mau comportamento do pai, deslocou-se à sua residência, na localidade do Quirima do Meio, a sensivelmente 20 quilómetros da cidade de Ndalatando, com intenções de matar o seu progenitor, com uma faca, facto que foi confirmado pela Polícia Nacional.
“O efectivo do Serviço de Investigação Criminal está a trabalhar para a detenção de outro suposto homicida, que se encontra em fuga”, disse o porta-voz do Comando Provincial da Polícia Nacional, Edgar Salvador.
Informou que a situação é preocupante, tendo em conta o número de assassinatos que se registam nos últimos tempos no Cuanza-Norte, tendo já ocorrido dois casos no passado mês de Janeiro, no município de Cazengo. Edgar Salvador tranquiliza a população, garantindo que está tudo sob controlo da Polícia Nacional e que o outro criminoso implicado nos casos de homicídio acima referenciados poderá ser apresentado em breve.
Comportamentos desviantes
O sociólogo Belchior Gomes explicou que indivíduos com este tipo de comportamento na sociedade são considerados assassinos em série, pessoas que têm comportamentos desviantes, sobretudo do ponto de vista psico-emocional.
Comportamentos desviantes
O sociólogo Belchior Gomes explicou que indivíduos com este tipo de comportamento na sociedade são considerados assassinos em série, pessoas que têm comportamentos desviantes, sobretudo do ponto de vista psico-emocional.
Estas pessoas, disse, têm o hábito de manipular principalmente mulheres e crianças indefesas. “Sentem prazer de ver as suas vítimas a sofrer e para não serem denunciados chegam a matar”, disse Belchior Gomes.
O sociólogo acrescentou que indivíduos com estas características são de igual modo conhecidos como sociopatas, pessoas que têm comportamentos desviantes, muitos deles adquiridos por falta de afecto da família, outros por consumo excessivo de álcool e drogas ou tenham sofrido abuso sexual, desprezo e maus tratos na adolescência. Belchior Gomes fez saber que, geralmente, estas pessoas praticam tais actos no próprio seio familiar e na vizinhança.
JA
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