quarta-feira, 6 de fevereiro de 2019

Petrolíferas renovam interesse por Angola




As companhias petrolíferas mundiais “estão novamente a olhar para Angola” devido às melhorias do pre-ço do petróleo e às reformas lançadas pelo Governo, disse na segunda-feira um analista da consultora especializada em energia Wood Mackenzie

Em entrevista à Lusa, a propósito das perspectivas de evolução do sector petrolífero no país, Adam Pollard explicou que “tal como noutros países africanos, a produção está a cair há uns tempos e espera-se que caia ainda mais”, daí os esforços para atrair investimento externo que possa inverter a situação.“No último ano, Angola virou a página e o país está a tentar atrair mais investimento para evitar o declínio da produção de petróleo, previsto para os próximos tempos, e há sinais de que as companhias estão novamente a olhar para Angola e a sentirem-se mais confortáveis em investir no país”, disse Adam Pollarde

“Vimos alguns projectos sancionados pela francesa Total no bloco 17 no último ano, talvez a BP e a ENI façam o mesmo este ano, portanto, há vários sinais de interesse das maiores petrolíferas no país”, disse, notando que a exploração é predominantemente na costa e à grande profundidade.

“Angola é, por natureza, um dos sítios mais caros para desenvolver petróleo, quase sempre em águas ultra-profundas, e por isso quando os preços desceram, em 2014, foi um dos mais afectados, mas agora há mais confiança não só na estabilidade dos preços do petróleo, mas também houve muito trabalho feito pela Sonangol e pelo Governo para melhorar o ambiente de negócios”, disse.

Questionado sobre quais as medidas mais importan-tes para restabelecer a confiança dos investidores no país, Adam Pollard elencou os decretos presidenciais para acelerar as aprovações, as medidas de combate à burocracia que estava associada à indústria petrolífera, as leis para incentivar a exploração dos campos marginais mais pequenos e a nova lei que equipara a exploração do gás à do petróleo.

Sobre a meta de 1,4 mi-lhões de barris por dia, que Angola estabeleceu para es-te ano, Pollard disse que é “uma meta razoável”, explicando que “muitos dos poços estão na fase de maturidade.” Quando a produção começa a cair, há novos projectos para aumentar a produção, mas Angola precisa de sancionar mais vários projectos para começarem a funcionar nos próximos meses, defendeu.

Fonte:Jornal de Angola

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