quarta-feira, 13 de fevereiro de 2019

Era uma Vez em KapCity || Abel Katata - Capitulo 3


Capítulo 3: A Ligação

Nádia mau saiu da sala de reuniões pega o seu telemóvel e marca chamar ao seu homem... 
- Sim Boss. - respondeu ele do outro lado da linha. 
- Então temos novidades, como está aí a situação filho. - Nádia gostava de tratar carinhosamente seus homens e até inimigos, era como uma víbora venenosa, super falsa para conseguir suas presas. 
- Sim Boss Nádia, já estava a pegar o telefone para ligar, estou a seguir o homem, como informei por mensagem tenho a certeza de que ele já leu o bilhete, estava muito nervoso e a 15 minutos entrou em casa e agora mesmo entrou um rapaz super apressado em casa dele, posso abordar eles boss, e tirar satisfações!? 
- Não filho, não é o momento, vamos ver o porque, pode ser que ele descobriu mais cedo do que esperava. - Respondeu Nádia toda confiante. 
- como pode a boss ter tanta certeza!? Não é melhor ter já com ele e lhe explicar tudo. 
- Calma filho, não confias em mim!? Ele vai implorar para trabalhar com a gente, dou-lhe 15horas e ele ligará para nos, continue seguindo eles, e qualquer novidade retorne.
- Esta bem Boss fico a espera de ordens.- Respondeu o homem e desligou o telefone logo em seguida.
- Então meu bem, com quem falavas. – Perguntou 50 Problemas, aproximando-se de Nádia por traz.
- era um dos nossos homens a falar sobre o processo de recrutamento, nada de mais. – Respondeu Nádia.
- Estou cansado, que tal umas massagens?
- esta bem amor, eu também preciso relaxar.- Respondeu e os dois foram aos aposentos reais.
- O que se passa? Diz logo, estou a ficar preocupado! O que foi agora? – Perguntei assustado a Aldair, o que seria mais desta vez.
- A sua mãe, a dona Augusta.
- O que ela tem! O que a minha mãe têm?.
- Eu estava a passar pela praça, e vi ela cair e reclamando de dores, prestei ajuda à ela, reclamava de fortes dores no lado direito do abdómen, já alguém se predispôs para à levar ao hospital….
Mal Aldair terminou de falar, sai apressado de casa e fui até á praça onde minha mãe vendia, mas já era tarde, já havia sido levada ao hospital, por um senhor que passava, procurei informações de onde e fui informado que ela foi levada ao maria pia, meu coração batia a 100 km/h parecia que teria um farto, me concentrei e fui apanhar um táxi para ir ao hospital.
Cheguei ao hospital e vi minha mãe agoniando-se em dor no braço de um desconhecido, estava a conter as lagrimas, agradeci e tomei minha mãe em meus braços, senti-me impotente por não conseguir ajudar, a fila do banco de urgências era pior que a fila do BPC e de tratar bilhetes, não eram priorizados os casos mais graves, mas sim quem tinha conhecidos, ou quem pagava gasosa, só pensava no pior e se minha mãe morrer em meus braços! Nunca imaginei que isto aconteceria comigo. A única solução era partir para a corrupção tinha três mil kwanzas no bolso, pedi para minha mãe aguentar um pouco sozinha, encostei-lhe cuidadosamente, e fui ter com um dos enfermeiros na zona de triagem e ver o que podiam fazer, o cão sem pensar aceitou, as vezes penso que fazem isso de propósito, não via motivos para demorar a atender as pessoas, porque tinham enfermeiras e médicos suficientes, uns até estavam no refetório que tava mesmo a vista de todos, tive que dar-lhe os três mil kwanzas, fui pegar a mamã e levei até a triagem, ela tava quase inconsciente, da triagem fomos logo atendidos pela medica nas urgências, não fui permitido a entrar então fiquei na sala de espera, esperando alguma novidade.
Zum zum zum… Zum Zum Zum…. Zum zum Zum… era o telefone de Nádia vibrando.
- Quem é a esta hora, Amor? – Perguntou 50 Problemas, a chamada interrompia algo que eles faziam, não posso dar detalhes devido a menores que estão a ler o conto,
- Negócios Amor, tenho mesmo de atender. – era o homem que seguia Lazykiller.
- Eu que sou o chefe nem me ligam assim.
- hahahaha, Amor, Não me digas que estas com ciúmes! Tenho mesmo de atender. – Respondeu Nádia com um sorriso sarcástico, e atendeu logo o telefone. – O que foi filho, estou ocupada agora!
- Boss desculpa interromper, mas tenho novidades importantes.
- Então não precisas pedir desculpas explique. – Disse dirigindo-se ao banheiro para falar melhor.
- Sim, a mãe do jovem, passou mau, e neste momento estão no hospital, já foi atendida, e estou neste momento na sala de espera, a olhar para ele, ele esta a espera que o chamem para ter noticias.
- Que excelente noticias, parece que os deuses estão do nosso lado, continue observando……. algo me diz que ele vai ceder em breve.
- esta bem boss, manterei contacto. – Respondeu o homem e logo a seguir desligou o telefone.
…. Senhor Jacinto, familiar da Senhora Augusta. - Gritou uma das enfermeiras.
- Sim, estou aqui. - Gritei e levantei as mãos para ser visto
- Faz o favor de seguir-me.
Segui a enfermeira até a sala da doutora, onde minha mãe estava deitada na cama, durante estes minutos pensamentos invadiam a minha cabeça, já estava a me preparar para o pior, só quem já passou por isso consegue imaginar a dor que eu sentia em ver minha mãe naquele estado sucumbindo, armava-me em forte e não chorava, estava difícil.
- Meu filho eu tenho boas e más noticias, a boa é que o que a sua mãe têm é tratável, e se for tratado, ficara boa e estará a 100%, a Má é que precisa ser submetida a uma cirurgia o mais rápido possível, ela tinha uma apendicite, tinha porque o apêndice já rompeu e criou uma infeção, ela tem de ser operada nas próximas duas horas ou então não poderemos salva-la.
Eu não era assim tão ingénuo, as duas eram más noticias, porque minha mãe não iria receber o tratamento, só estava a espera que a doutora confirmasse, nos sabemos como o sistema em angola funciona até nos hospitais, ela continuou e disse o que eu já esperava.
- Mas filho, a lista para cirurgia ao apêndice só temos vaga para daqui a um mês, não posso fazer nada, tens de subir até a direção do hospital e quem sabe consegues convencer o diretor. – dizia a doutora, só não mandei ela calar devido a minha educação, sabemos que nada ia adiantar, se dependesse destes idiotas e assassinos minha querida mãe não sai viva daqui, tinha de tomar decisões, usar o tempo que minha mãe tinha para nos despedirmos ou então fazer algo estupido, não estava preparado para perde-la, nem queria pensar nisso.
- Esta bem doutora, um instante. – Me retirei da sala da doutora, peguei o meu telefone, não tinha a certeza, mas era a única coisa que eu podia fazer e algo me dizia que quem enviou o bilhete podia ajudar-me, sem hesitar, marquei “922479120”, estava disposto as consequências, desde que minha mãe fique bem….
Meti a chamar….
Continue no Próximo Capitulo….


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