
Ahmed Salkida, um jornalista nigeriano conhecido por suas reportagens sobre o terrorismo na região do Lago Chade, diz que o Exército nigeriano já matou duas vezes um líder do Boko Haram.
O Exército divulgou uma notícia de última hora no sábado, alegando ter matado um deles, Baban Hassan, chefe de mídia social de uma facção do grupo terrorista Boko Haram.
Mas de acordo com Salkida, a morte do dito terrorista havia sido relatada pelo mesmo exército há pouco mais de um ano.
"Queridos militares nigerianos, o senhor matou Baban Hassan em uma noite de sexta-feira, 3 de novembro de 2017. Sua morte e a de vários outros líderes do grupo eram conhecidos no dia seguinte", disse ele em um tweet.
"Anunciar isso como uma notícia de última hora e ligá-lo ao rapto de Leah Sharibu em novembro de 2018 é um absurdo", acrescentou. Leah Sharibu é a única refém mantida por Boko Haram depois de uma invasão em uma escola na cidade de Dapchi no início deste ano no estado de Yobe, na Nigéria.
Relatos indicam que Leah, a única refém cristã, na época se recusara a voltar ao islamismo, daí a recusa dos terroristas em libertá-la quando voltassem todos os dias após o seqüestro.
Reagindo à refutação de Salkida, a maioria dos nigerianos repreendeu o exército por fazer política com a segurança do país. Alguns disseram que, com a época das eleições, esses relatórios eram suspeitos.
Outros sustentavam que o exército estava acostumado a matar e re-matar, citando o caso do famoso líder do Boko Haram, Abubakar Shekau, que foi reportado à morte várias vezes pelo exército.
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