
A ativista ucraniana Oxana Shachko, uma das fundadoras do grupo feminista Femen, foi encontrada morta esta segunda-feira no seu apartamento em Paris, confirmou outra das co-fundadoras da organização, Anna Gutsol, aos meios de comunicação social. Ainda não foram confirmadas as causas da morte.
Segundo as autoridades locais, os amigos de Shachko estavam a tentar contactar a ativista há três dias, tendo-a visto pela última vez numa festa. Decidiram, então, ir ao seu apartamento, arrombaram a porta e encontraram o seu corpo. “Eles disseram que havia uma nota e à noite a polícia levou o seu corpo. De acordo com a versão preliminar trata-se de um suicídio”, explicou Gutsol a um canal de televisão ucraniano.
“Oksane é uma das mulheres mais notáveis do nosso tempo, uma das maiores lutadoras que combateu arduamente contra as injustiças que teve de enfrentar, contra as injustiças da nossa sociedade”, disse a atual líder da organização, Inna Shevchenko, através de um comunicado no Twitter.
Oksana deixou-nos, mas está aqui e em todo o lado. Ela está em cada um de nós que ficou ao seu lado, ela está no Femen que ela co-fundou. Ela está na sua pintura, através da qual expressou os seus talentos artísticos. Ela está na história do feminismo”, acrescentou Shevchenko.
Oksana Shachko tinha 31 anos e foi um dos rostos mais marcantes do Femen, que ficou conhecido pelos protestos em topless junto a vários dirigentes internacionais, incluindo o presidente da Rússia, Vladimir Putin, e o próprio Papa. Depois das várias polémicas foi deportada para a Ucrânia e em 2013 emigrou para a França, onde obteve o estatuto de refugiada política. Abandonou o movimento nessa altura e tornou-se artista em Paris.
O Femen é um movimento feminista de origem ucraniana, fundado em 2008, no qual as ativistas protestam em topless contra tudo o que consideram ser atitudes machistas. A sua forma mais conhecida de protesto é de punho erguido, com pinturas no corpo e coroas de flores na cabeça. Segundo a AFP, o grupo tem enfrentado nos últimos anos ações legais contra algumas das suas integrantes.
Fonte Observador
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