Há 100 anos que ninguém com menos de 18 anos entrava em Harvard, uma das mais prestigiadas universidades do mundo. Agora, tudo mudou: Dafne Almazán, uma rapariga mexicana de 17 anos, foi admitida na conhecida instituição de ensino norte-americana, conta o La Vanguardia.
Dafne é sobredotada e já tinha batido anteriormente outro recorde ao tornar-se a licenciada em Psicologia mais nova de sempre, segundo o jornal mexicano El Universal, citando a World Records Academy. À altura, Dafne tinha apenas 13 anos. Já na infância, contudo, tinha dado nas vistas: começou a ler aos três anos, aos sete já tinha concluído o ensino primário e aos 10 terminou o ensino secundário. Como se não bastasse, Dafne ainda tem conhecimentos em cinco línguas (castelhano, inglês, francês, mandarim e latim) e pratica ballet, ginástica, patinagem e taekwondo.
Agora em Harvard, a adolescente, que faz parte da lista das 50 mulheres mais poderosas do México segundo a Forbes, irá tirar um mestrado em Ensino de Matemática. Dafne tentará conciliar esta área com a da Psicologia, como explicou à BBC: “Vi que no México há um problema com a Matemática, porque as crianças pensam que é difícil e chata, e isso faz com que o país tenha um problema de desempenho nesta área.” A escolha da Psicologia também tinha surgido por contacto pessoal, ao perceber que muitas crianças sobredotadas no seu país são mal diagnosticadas com problemas como défice de atenção e algumas acabam até por ter pensamentos suicidas.
Ao jornal espanhol, o pai de Dafne e diretor do Centro de Atenção a Talentos (Cedat) no México definiu assim as crianças como a sua filha: “São crianças como qualquer outra, só que com um CI muito maior do que o resto da população.” A Organização Mundial da Saúde define uma criança sobredotada como qualquer uma que tenha um Coeficiente Intelectual (CI) superior a 130 pontos numa prova psicométrica científica e estatisticamente validada, explica o La Vanguardia.
Estas crianças beneficiam quando integradas num ensino personalizado. “Têm de ter um ambiente em que possam ser crianças, e que possam ser elas próprios e conviver com outros meninos sobredotados e avançar ao seu ritmo, sem serem retidos ou pressionados”, avalia a própria Dafne. No seu caso, diz, o apoio dos seus pais foi fundamental, já que sempre estiveram com ela quando quis ir a um ritmo mais rápido do que a maioria dos seus colegas. Foi tão rápido que, agora aos 17 anos, chegou a Harvard.
Fonte: Observador
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