quinta-feira, 14 de fevereiro de 2019

Era uma Vez em KapCity || Abel Katata - Capitulo 4


Capítulo 4:O Encontro

- Alo Jacinto, como estas filho! – ouvi uma voz fina, suave do outro lado da linha, era uma mulher, sabia o meu nome e pelos vistos devia saber muito mais sobre mim.
- Sim dona. – Não sabia o que dizer ou que pedir. – Eu, Eu…. – estava a gagejar, ela interrompeu-me.
- Filho precisas de ajuda! A tua mãe esta no hospital, é isso? – respondeu ela, como se fosse uma vidente, ela tem me seguido este tempo todo, só pode.
- Sim, dona. – Saiu um sim tímido de minha boca. – ela tem uma infeção qualquer, e precisa ser operada, preciso da tua ajuda.
- Calma filho, vou ao teu encontro para falarmos pessoalmente, há coisas que não se tratam ao telemóvel, mas não se preocupe, a sua mãe terá o melhor atendimento possível. – respondeu ela com tanta confiança de que minha mãe seria atendida, e me deixou mais calmo.
Nádia mau desligou o telefone, liga para seus contactos no hospital maria pia, e ordena que Dona Augusta tenha o melhor atendimento possível e urgente, ela prepara-se rapidinho, pega em documentos que eram uma espécie de contrato para Lazykiller assinar, e na chave de seu Hyundai Elantra, vai em direção ao hospital.
Desliguei o telefone, precisava apanhar um pouco de ar e de saber mais sobre a pessoa com quem falei, antes mesmo de ir ao quarto, então decidi ver quem estava a me seguir, dirigi-me para fora do hospital e fui a uma cantina para ver se alguém me seguia, deu para notar um jovem, parou no portão e estava a olhar para mim, pelos vistos não deu conta que já tinha o topado, perguntei o preço de algo na cantina e voltei em direção ao hospital, para não dar bandeira ele também entra mas estava alguns passos a minha frente, mas ele dava passos mais lentos para eu passar por ele, lembrei de brincadeiras de lutas que tínhamos no bairro, não sabia o nome das técnicas, mas tinha uma de submissão e peguei no braço esquerdo do individuo e imobilizei discretamente, qualquer movimento eu partia o braço dele, encostei ele em uma das paredes do muro do hospital e certifiquei de que ninguém desse conta, e pensassem que fosse apenas amigos discutindo.
- ah ah ah . – Reclamava ele de dores. – O que eu fiz moço, me solta.
- O que fizeste? Tu estas a me seguir, então vou fazer umas perguntinhas básicas, dependendo das tuas respostas terás o teu braço bom ou partido. – Nem me reconhecia, acho que despertaram o meu lado mau, já estava cheio e pela minha mãe faria qualquer coisa. – Então, quem te mandou me seguir.
- Eu não estou a seguir ninguém, eu vim ver minha sobrinha que esta internada moço. – Ele insistia em mentir, mas eu sabia que ele tinha algo a dizer, então fiz mais pressão sobre o seu braço.
- Quem foi? – Gritei.
É melhor dizer se não queres perder o braço. – Fiz mais um pouco de pressão.
- aiiiiiiiiii, esta bem vou dizer, quem mandou seguir, foi a Dona Nadia.
- Nadia Madeira? O que ela quer comigo. – Perguntei, já tinha ouvido falar, dela, mas nunca há vi, haviam boatos de que era mulher do chefe do trafico no meu bairro, essa gente não se vê, o que ela quer de mim.
- Ela quer que tu entres para o trafico. – disse o homem.
Soltei o braço dele, tinha a minha resposta, Trafico? Isto vai contra os meus princípios quero ajudar a sociedade e tornar o mundo melhor, e não prejudicar mais, e se eu gostar desta vida? Não tinha escolha era a vida de minha mãe que esta em jogo, e por ela que se dane o mundo, era uma atitude egoísta mas era o correto a fazer. Deixei o homem aí contorcendo-se com dores, e fui até a sala onde minha mãe estava, e notava muito movimento, entrei para a sala e a doutora disse-me;
- Sr Jacinto, estamos já a transferir a tua mãe para o bloco operatório, vai ser realizada a cirurgia já em alguns minutos, não precisa se preocupar ela será bem tratada, o enfermeiro vai te acompanhar até a sala de espera Vip do bloco operatório.
Não respondi nada, fiz apenas um sinal positivo com a cabeça, estava surpreso, quem é esta mulher que em minutos, resolveu minha situação e ainda com direito a sala vip de espera, dei um beijo de despedida no rosto de minha mãe, e segui o enfermeiro até a tal dita sala, a cirurgia eram de quase 3 horas, fiquei na sala assistindo televisão, tinha um frigobar com agua e sumos, e do outro lado da sala uma mesa com lanches e sandes, já havia passado quase uma hora e tudo parecia correr bem.
De repente a porta abre, e vejo uma jovem senhora a entrar, pelos meus cálculos era “Nádia Madeira”, eu estava preocupado, mas era homem e não pude ficar sem notar, ela era linda e tinha uns olhos perfeitos e hipnotizantes, ela olha para mim da um sorriso leve e diz:
Continue no Próximo Capitulo


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