segunda-feira, 18 de fevereiro de 2019

Filho de Armando Guebuza detido sábado em Maputo


Fotografia: DR


As televisões moçambicanas anunciaram sábado nos seus noticiários da noite a detenção de Ndambi Guebuza, um dos filhos do antigo presidente Armando Guebuza, na sequência da investigação inserida no processo de dívidas ocultas do Estado.

Ndambi Guebuza é a segunda pessoa ligada ao antigo chefe de Estado a ser detida desde quinta-feira, depois de Inês Moiane, que foi sua secretária pessoal.
Ainda no sábado, o Tribunal Judicial de Maputo decretou a prisão preventiva de sete dos nove desses detidos, entre eles a antiga secretária de Guebuza.

Ndambi Guebuza, por seu lado, ainda não foi apresentado a um juiz e Elias Moaine, sobrinho da secretária pessoal do antigo chefe de Estado, viu-lhe concedida a liberdade depois de pagar uma caução equivalente a 15 mil dólares.
Deste modo, ficaram para já em prisão preventiva António do Rosário, administrador-delegado das três empresas públicas no centro do escândalo (Ematum, Proindicus e MAM), Gregório Leão, ex-director do Serviço de Informação e Segurança do Estado (SISE), Bruno Tandade, operativo daquele serviço de informações, Inês Moiane, secretária pessoal de Armando Guebuza quando este era Presidente da República, e Teófilo Nhangumele, alegado autor da ideia de criar as empresas e contratar o financiamento que agora está a ser investigado.
Estão igualmente em prisão preventiva às ordens da justiça moçambicana Sérgio Namburete e Sidónio Sitoe, presos na sexta-feira no âmbito da investigação aos empréstimos contraídos secretamente entre 2013 e 2014, durante o mandato presidencial de Guebuza, no valor de 2,2 mil milhões de dólares.

Manuel Chang, antigo ministro das Finanças de Moçambique e peça chave em todo este processo, recorde-se, está detido desde o dia 29 de Dezembro quando viajava pela África do Sul, país onde aguarda por extradição que também foi requerida também por Moçambique, tendo-lhe sido negada a liberdade provisória, sob fiança, para aguardar fora da prisão a decisão sobre os pedidos de extradição apresentados pela justiça norte-americana e moçambicana.

A justiça norte-americana sustenta a acusação contra Manuel Chang com base em correspondência e documentos que a levam a concluir que três empresas públicas moçambicanas de pesca e segurança marítima foram usadas para um esquema de corrupção e branqueamento de capitais, visando o enriquecimento de vários suspeitos, através de contas bancárias sedeadas nos Estados Unidos.
Fontes ligadas ao caso admitem que novas detenções possam ainda ser feitas nos próximas dias, ou mesmo horas, dentro da lista de 18 arguidos revelada pela justiça moçambicana em Janeiro, ao mesmo tempo que decorre a apreensão de vários bens.

Recorde-se, está detido desde o dia 29 de Dezembro quando viajava pela África do Sul, país onde aguarda por extradição que também foi requerida também por Moçambique, tendo-lhe sido negada a liberdade provisória, sob fiança, para aguardar fora da prisão a decisão sobre os pedidos de extradição apresentados pela justiça norte-americana e moçambicana.

A justiça norte-americana sustenta a acusação contra Manuel Chang com base em correspondência e documentos que a levam a concluir que três empresas públicas moçambicanas de pesca e segurança marítima foram usadas para um esquema de corrupção e branqueamento de capitais, visando o enriquecimento de vários suspeitos, através de contas bancárias sedeadas nos Estados Unidos.
Fontes ligadas ao caso admitem que novas detenções possam ainda ser feitas nos próximas dias, ou mesmo horas, dentro da lista de 18 arguidos revelada pela justiça moçambicana em Janeiro, ao mesmo tempo que decorre a apreensão de vários bens.

JA

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