segunda-feira, 18 de fevereiro de 2019

Colisão de comboios causado por erro humano




A colisão de dois comboios, no passado dia 13, na localidade de Cavimbe, comuna de Cangumbe, província do Moxico, que seguiam em direcção ao Bié, foi causada por erro humano, segundo o presidente do Conselho de Administração do Caminho-de-Ferro de Benguela, Luís Lopes Teixeira, que garantiu que, para acautelar situações do género, a partir do próximo mês os comboios vão ter equipamentos adicionais, adquiridos na África do Sul.

“O incidente não foi causado por ausência de comunicação”, disse Luís Teixeira, que visitou ontem o local onde os dois comboios colidiram. Acrescentou que uma equipa de técnicos vai fazer a recolha de dados para, através do Centro de Comando e Circulação do Lobito, se apurar as verdadeiras causas. 

A colisão dos dois comboios, que transportavam cisternas de gás e vagões de carga, causou grandes danos na linha férrea e em vagões das duas composições, que iam em direcção à província do Bié. Luís Teixeira, que não adiantou para quando a reabertura do troço ferroviário, atendendo ao volume de trabalho no local do acidente, garantiu que os trabalhos estão a ser feitos rapidamente, para que o comboio volte a circular o mais rápido possível, pedindo calma aos passageiros que estão retidos no Luena e no Cuito. 

O vice-governador do Moxico para o Sector Político, Económico e Social, Carlos Alberto Masseca, enalteceu a pronta intervenção do CFB, pelos trabalhos que estão a ser feitos na via, pois “nos últimos anos o comboio tornou-se no maior meio de transporte de pessoas e bens”. Carlos Alberto Masseca disse que a interrupção do comboio no troço Cuito-Luena vai provocar escassez de combustível e gás butano em toda a região leste de Angola, sublinhando que o Governo Provincial vai reunir com o representante da Sonangol, para encontrar outros mecanismos de transporte dos produtos. 

Para acelerar os trabalhos, encontram-se no local do acidente equipas de técnicos do CFB e do Instituto Nacional dos Caminhos de Ferro de Angola (INCFA), que, desde sexta-feira, trabalham na remoção dos destroços.

Este é o segundo incidente ferroviário, este ano, envolvendo comboios do CFB. Em Janeiro, o descarrilamento de uma locomotiva do CFB proveniente do Luena, no traçado entre Camacupa e Cuanza, na província do Bié, levou à suspensão da circulação do comboio ao Huambo.

Jornal de Angola

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