Félix Tshisekedi entra na história como o quinto Presidente da República Democrática do Congo
Fotografia: DR
O Chefe de Estado angolano, João Lourenço, enviou ontem uma mensagem de felicitações ao Presidente eleito da República Democrática do Congo (RDC), Félix Tshisekedi, pela vitória nas eleições de 30 de Dezembro.
Na mensagem, João Lourenço diz estar convencido de que Félix Tshisekedi empreenderá todos os esforços ao seu alcance no sentido de promover a inclusão de todas as forças vivas da Nação congolesa e de garantir a estabilidade necessária para edificar as bases sobre as quais assentarão a concretização dos anseios dos congoleses à democracia plena, ao respeito pelas diferenças e a observância estrita dos direitos humanos.
“Quero dizer a Vossa Excelência que pode contar com a solidariedade de Angola, em todas as acções que realizar para impulsionar o progresso e o desenvolvimento da RDC, no quadro das relações de cooperação e amizade existentes entre os nossos dois países”, lê-se na mensagem.
O Presidente João Lourenço faz votos de que Félix Tshisekedi tenha os maiores êxitos no desempenho da nobre e difícil missão de que foi incumbido pelo povo congolês. “Queira aceitar, Excelência, a expressão dos meus sentimentos da mais elevada estima e consideração”, conclui a mensagem do Chefe de Estado angolano.
Inicialmente marcada para ontem, terça-feira, a cerimónia de investidura do Presidente eleito da RDC acontece finalmente amanhã, depois do adiamento por razões de ordem técnica e logística.
Segundo a imprensa local, alguns Chefes de Estado e de Governo estarão em Kinshasa para investidura de Félix Tshisekedi, o quinto Presidente na história da RDC. O Palácio das Nações é o local escolhido para o evento.
Para já, os jornais locais vaticinam um discurso inaugural de Tshisekedi a apontar para dois dos principais desafios da RDC: aumentar os salários dos militares, polícias e funcionários públicos, bem como decretar perdão presidencial para presos políticos e exilados.
Felix Tshisekedi vai, perante o Tribunal Constitucional, fazer o juramento solene de um novo Chefe de Estado, de quem se esperam mudanças significativas no modo de fazer política, conduzir os destinos do país numa lógica inclusiva e que olhe para as questões de ordem económica e social.
Segundo o jornal “Le Potentiel”, na sua edição de terça-feira, a investidura representa um momento importante e comovente, durante o qual o Presidente eleito da RDC terá a oportunidade de definir essas prioridades no discurso de estreia.
Dadas as fortes tensões que cercam a sua eleição, Félix Tshisekedi deve assegurar, desde logo, que está aberto e disposto a restaurar a confiança da opinião pública.
Em Kinshasa, o cidadão comum questiona-se sobre a natureza do discurso do quinto Presidente da República depois de, durante muito tempo, ter ouvido quase as mesmas coisas, promessas e “a venda de sonhos ainda não realizados até aqui”. A pergunta que não se quer calar é: o que dirá Félix Tshisekedi neste primeiro discurso à Nação?
As suposições, como é óbvio, vão em todas as direcções, num discurso inaugural que servirá de bússola para o seu mandato. O que se espera, é que Félix Tshisekedi, à semelhança do seu antecessor, Joseph Kabila, que fez o seu primeiro discurso a 26 de Janeiro de 2001, tenha uma intervenção conciliadora e equilibrada. O que muitos cidadãos pretendem saber é se a presidência de Tshisekedi permanecerá intacta na linhagem de Joseph Kabila ou se se destacará pela diferenciação e inovação do seu antecessor.
Nesta altura, o que se espera é que Félix Tshisekedi procure aplanar o ânimo dos indecisos, prometendo ser um Presidente de todos os congoleses para a construção de uma Nação próspera, com base nos princípios fundacionais da República e evitar a velha retórica com vista a cimentar a coesão nacional
Influentes líderes religiosos e da sociedade civil pedem a Félix Tshisekedi que se entregue aos desejos do povo: paz, coesão social, emprego, mais saúde, educação e bem-estar.
A entrada de Félix Tshisekedi como novo inquilino do Palácio da Nação vem depois de um longo e controverso processo político e eleitoral no país.
Fotografia: DR
O Chefe de Estado angolano, João Lourenço, enviou ontem uma mensagem de felicitações ao Presidente eleito da República Democrática do Congo (RDC), Félix Tshisekedi, pela vitória nas eleições de 30 de Dezembro.
Na mensagem, João Lourenço diz estar convencido de que Félix Tshisekedi empreenderá todos os esforços ao seu alcance no sentido de promover a inclusão de todas as forças vivas da Nação congolesa e de garantir a estabilidade necessária para edificar as bases sobre as quais assentarão a concretização dos anseios dos congoleses à democracia plena, ao respeito pelas diferenças e a observância estrita dos direitos humanos.
“Quero dizer a Vossa Excelência que pode contar com a solidariedade de Angola, em todas as acções que realizar para impulsionar o progresso e o desenvolvimento da RDC, no quadro das relações de cooperação e amizade existentes entre os nossos dois países”, lê-se na mensagem.
O Presidente João Lourenço faz votos de que Félix Tshisekedi tenha os maiores êxitos no desempenho da nobre e difícil missão de que foi incumbido pelo povo congolês. “Queira aceitar, Excelência, a expressão dos meus sentimentos da mais elevada estima e consideração”, conclui a mensagem do Chefe de Estado angolano.
Cerimónia de investidura
Inicialmente marcada para ontem, terça-feira, a cerimónia de investidura do Presidente eleito da RDC acontece finalmente amanhã, depois do adiamento por razões de ordem técnica e logística.
Segundo a imprensa local, alguns Chefes de Estado e de Governo estarão em Kinshasa para investidura de Félix Tshisekedi, o quinto Presidente na história da RDC. O Palácio das Nações é o local escolhido para o evento.
Para já, os jornais locais vaticinam um discurso inaugural de Tshisekedi a apontar para dois dos principais desafios da RDC: aumentar os salários dos militares, polícias e funcionários públicos, bem como decretar perdão presidencial para presos políticos e exilados.
Felix Tshisekedi vai, perante o Tribunal Constitucional, fazer o juramento solene de um novo Chefe de Estado, de quem se esperam mudanças significativas no modo de fazer política, conduzir os destinos do país numa lógica inclusiva e que olhe para as questões de ordem económica e social.
Segundo o jornal “Le Potentiel”, na sua edição de terça-feira, a investidura representa um momento importante e comovente, durante o qual o Presidente eleito da RDC terá a oportunidade de definir essas prioridades no discurso de estreia.
Dadas as fortes tensões que cercam a sua eleição, Félix Tshisekedi deve assegurar, desde logo, que está aberto e disposto a restaurar a confiança da opinião pública.
Em Kinshasa, o cidadão comum questiona-se sobre a natureza do discurso do quinto Presidente da República depois de, durante muito tempo, ter ouvido quase as mesmas coisas, promessas e “a venda de sonhos ainda não realizados até aqui”. A pergunta que não se quer calar é: o que dirá Félix Tshisekedi neste primeiro discurso à Nação?
As suposições, como é óbvio, vão em todas as direcções, num discurso inaugural que servirá de bússola para o seu mandato. O que se espera, é que Félix Tshisekedi, à semelhança do seu antecessor, Joseph Kabila, que fez o seu primeiro discurso a 26 de Janeiro de 2001, tenha uma intervenção conciliadora e equilibrada. O que muitos cidadãos pretendem saber é se a presidência de Tshisekedi permanecerá intacta na linhagem de Joseph Kabila ou se se destacará pela diferenciação e inovação do seu antecessor.
Nesta altura, o que se espera é que Félix Tshisekedi procure aplanar o ânimo dos indecisos, prometendo ser um Presidente de todos os congoleses para a construção de uma Nação próspera, com base nos princípios fundacionais da República e evitar a velha retórica com vista a cimentar a coesão nacional
Influentes líderes religiosos e da sociedade civil pedem a Félix Tshisekedi que se entregue aos desejos do povo: paz, coesão social, emprego, mais saúde, educação e bem-estar.
A entrada de Félix Tshisekedi como novo inquilino do Palácio da Nação vem depois de um longo e controverso processo político e eleitoral no país.
JA
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