Terra em "estado de estufa": o que isso significa
O alerta é bastante alarmante. Mesmo que as empresas e pessoas parem de emitir gases que contribuem para o efeito estufa, como o dióxido de carbono (CO2) e o metano (CH4), a Terra chegará a uma fase de liberação incontrolável de carbono que já está armazenado, absorvido pelas florestas, oceanos e o solo do planeta, diretamente para a atmosfera.
Ou seja, o perigo é que a Terra passe a ter um aquecimento contínuo por conta do excesso de gases poluentes que absorvem uma parte dos raios do sol e os redistribuem, aumentando, portanto, o aquecimento global.
As consequências até impossibilitariam a vida animal e vegetal em partes do mundo que entrariam em total descontrole.
O estudo foi liderado pelo cientista Will Steffen, da Universidade Nacional da Austrália, teve contribuição de vários cientistas ao redor do mundo e foi publicado na revista da Academia Nacional de Ciência dos Estados Unidos, a PNAS.
Por que isso compromete a vida humana?
Ao chegar no limite dos níveis identificados pelo estudo, a Terra poderia chegar ao aumento de temperaturas médias de até 5º C mais altas do que as registradas no período pré-Revolução Industrial.
Pior: ao chegar no nível de 2º C, já enfrentaríamos processos que causariam aquecimento global com desdobramentos preocupantes.
Os cientistas não definiram em quantos anos isso pode acontecer, mas, atualmente, a situação já não é tranquila: as temperaturas médias globais estão cerca de 1º C acima das temperaturas pré-industriais e subindo a 0,17 º C a cada década.
O que poderia acontecer?
Will Steffen explica que tais aumentos de temperatura seriam devastadores para a civilização humana e para a maioria dos ecossistemas que sustentam a vida animal e vegetal.
"Nosso estudo indica que o aquecimento causado pelo homem de 2ºC pode desencadear outros processos do Sistema Terrestre, chamados feedbacks, que podem provocar um maior aquecimento mesmo se pararmos de emitir gases de efeito estufa", alerta o cientista.
Fonte: WIX
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