Os relatos da violência chegaram ao NJOnline pela voz de um dos filhos da vítima, Almir Graciano, que também foi alvo de agressões.
"Não sabemos se os seis bandidos vieram para roubar ou simplesmente para matar o meu pai. Eles entraram na nossa casa e começaram a agredir-me", conta Almir, explicando que enquanto era atacado, o pai tentava proteger os filhos menores, escondendo-os debaixo da cama.
Apanhado em flagrante, o progenitor implorou para que deixassem a família em paz, disponibilizando-se para entregar o dinheiro que tinha destinado para as despesas da casa: 29 mil Kwanzas.
Apesar de não ter oferecido resistência, cumprindo as instruções dos assaltantes, Sabino Graciano acabou baleado mortalmente nas costas.
"O papá fez a entrega dos valores, eles mandaram-no regressar ao quarto, mas no momento em que o meu pai deu as costas um deles fez o disparo", reconstitui Almir.
O filho da vítima recorda ainda que apesar das inúmeras súplicas paternas, para que os marginais poupassem os seus familiares, os agressores violaram a sua irmã.
"A minha irmã menor [16 anos] está gravida de sete meses, e foi violada na frente de todos nós. Ninguém podia fazer nada porque estávamos apavorados", diz.
De acordo com Almir Graciano, só depois de os marginais consumarem o homicídio e a violação é que procuraram saber onde o seu pai trabalhava.
"O meu pai era segurança particular de uma residência, não estava associado a nenhuma empresa. Cá em casa passamos por muitas dificuldades, não temos nada, porque é que eles vieram matar o meu pai e roubar o pouco que temos?", questiona.
Antes de deixarem a residência dos Sabino, os seis elementos ainda tiveram tempo para roubar uma botija de gás da cozinha e cinco litros de óleo alimentar.
O NJOnline está a tentar obter, sem sucesso, desde o início da manhã de hoje, mais informações sobre o caso junto do director de Comunicação do Ministério do Interior, intendente Mateus Rodrigues.
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