Portugal e Espanha continuam a viver sob o signo do fogo, uma realidade que se generalizou desde a chegada da vaga de calor no final da semana passada. Monchique e Huelva foram as localidades que geraram mais preocupação nas últimas 24 horas na Península Ibérica.
Em Monchique, o fogo não deu tréguas na última noite. A entrada no quarto dia de atividade do incêndio no concelho algarvio ameaçou chegar às casas no centro da vila e provocou mesmo 25 feridos, um deles em estado grave e que teve de ser transportado de helicóptero para Lisboa.
Segundo a Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC), as chamas já consumiram entre 15 a 20 mil hectares, mas a situação está a evoluir favoravelmente e 95% do perímetro do fogo já foi considerado dominado.
Todavia, as autoridades portuguesas decidiram reforçar o combate com o recurso a dois aviões espanhóis Canadair e mantiveram o alerta vermelho de incêndios florestais até esta segunda-feira.
Apesar da descida da temperatura, as autoridades portuguesas não querem correr qualquer risco, depois de mais de 100 pessoas terem morrido no ano passado em apenas dois grandes incêndios.
Já em Espanha, o incêndio na região de Huelva foi aquele que despertou maior preocupação do outro lado da fronteira.
As chamas estiveram fora de controlo durante a noite, mas o trabalho de centenas de bombeiros e de pelo menos 12 meios aéreos conseguiu já dominar cerca de 80 por cento do perímetro do fogo.
A vaga de calor que se faz sentir desde sexta-feira fez efetivamente disparar o número de ocorrências e mantém ainda as autoridades de Portugal e Espanha em alerta, sobretudo depois da recente tragédia na Grécia, em que o fogo na região de Mati fez pelo menos 93 mortos.
Fonte: EURONEWS
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