quinta-feira, 21 de junho de 2018

Brasileiro detido com 1,2 quilos de cocaína no estômago no Aeroporto 4 de Fevereiro



Um cidadão brasileiro foi detido no Aeroporto 4 de Fevereiro, em Luanda, oriundo do Brasil, com 1,2 quilogramas de cocaína que tinha ingerido em cápsulas como forma de ludibriar a fiscalização à entrada em Angola.

Fonte: NJ 

A informação foi avançada pelo Serviço de Investigação Criminal (SIC), que na quarta-feira fez um balanço da actividade desta força policial.

Segundo o director de Operações do SIC, comissário Amaro Neto, após a detenção deste indivíduo e a apreensão do estupefaciente, a investigação conduziu ainda a mais quatro pessoas, nacionais angolanos, alegadamente envolvidos na organização responsável pela introdução da droga no país.

Esta foi a primeira vez que as autoridades angolanas detiveram um cidadão brasileiro por tráfico de drogas, o que deixa pressupor que as organizações estão a recrutar localmente, no Brasil, para servirem de "mulas" no transporte de cocaína para Angola.

Isto sucede, porque tanto nos aeroportos brasileiros de onde partem voos para Luanda, como em Luanda, as autoridades têm vindo a estreitar a malha sobre cidadãos angolanos e congoleses-democráticos que, até aqui, têm sido usados neste crime.

A cocaína é a segunda droga mais consumida em Angola a seguir à liamba (marijuana) e o seu uso tem sido notado em cada vez maior quantidade, sendo disso exemplo o facto de as redes de tráfico estarem a usar os países vizinhos, como a Namíbia, para introduzir este tipo de droga em Angola.

A polícia namibiana já divulgou que o aeroporto de Windhoek e os terminais portuários das cidades costeiras namibianas têm sido local de introdução de cocaína proveniente da América do Sul cm destino a Angola, um mercado cada vez mais apetecível para as redes internacionais de narcotráfico.

Por exemplo, um grama de cocaína em Luanda pode chegar aos 25 mil kwanzas, o que transforma o tráfico desta droga num negócio de alto rendimento para os traficantes, mas também para os seus intermediários que, cada vez em maior número, aceitam o risco de comn eles se envolverem no encalço de rendimentos avultados.

Há mesmo notícias de finais de 2017 onde se reporta a existência de famílias alargadas envolvidas com o tráfico de cocaína em Luanda, algumas destas já detidas pelos agentes do SIC.

O volumoso lucro que este negócio ilícito permite é ainda responsável pelo facto de algumas figuras públicas, para já apenas no seio do universo musical angolano, estarem a ser detidas por tráfico, como tem sido divulgado nos media nacionais.

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