quinta-feira, 24 de janeiro de 2019

Aumento de médicos no Ebo reduz casos de malária





Segundo o director do hospital municipal do Ebo, Cláudio Luís, o aumento do número de médicos no município fez baixar o registo dos casos de malária, desnutrição, doenças diarreicas agudas e respiratórias, bem como de anemia em crianças e adultos

Em entrevista exclusiva a OPAÍS, Cláudio Luís disse que no seu município estes casos têm estado a diminuir com o reforço de médicos que receberam no ano passado. Nos anos passados tinham apenas dois médicos nas especialidades de pediatria que trabalhavam no hospital municipal e a situação estava fora de controlo. As doenças diarreicas agudas eram as mais frequentes nesta região do país, porque os habitantes do Ebo, há algum tempo, usavam água não potável e apenas recentemente foi inaugurado um centro de tratamento de água.

Apesar de ser um hospital de nível secundário, o Hospital Municipal do Ebo presta serviços de banco de urgência, medicina, pediatria e genecologia e comporta 59 camas de internamento para os serviços supracitados. Quanto aos serviços, o médico explicou que têm serviços de cirurgia, mas o bloco encontra-se inoperante, por precisar de obras de requalificação. Neste momento estão a ser feitos estudos para a contratação de uma empresa para a requalificação. “Este é um dos nossos maiores problemas, porque temos que transferir as gestantes com problemas de hemorragia pré-parto, cesariana, entre outros.

Não fazemos esses serviços e somos obrigados a transferir as pacientes para a maternidade provincial do Sumbe”, fez saber. Actualmente, o hospital municipal conta com oito médicos e 23 enfermeiros. Mas o organograma prevê, para um hospital do nível secundário, uma média de 102 enfermeiros distribuídos em todas as áreas. Por essa razão, em cada área do hospital trabalha apenas um enfermeiro. O clínico reconhece existir carência de enfermeiros e a necessidade urgente de se aumentar o seu número.


Médicos deixaram o hospital do ebo

Segundo nos conta o director do hospital do Ebo, Cláudio Luís, no âmbito da municipalização dos serviços primários de saúde, tinham sido comtemplados com três médicos e apenas um permaneceu. Uma era proveniente da província de Cabinda e outra de Luanda e, por razões distintas, desistiram, mas não abandonaram a profissão. “Pegaram nas suas guias de marcha e apresentarem-se ao Ministério da Saúde e este, por sua vez, deu um outro destino a essas pessoas. Porque alegavam distâncias e problemas conjugais. Uma delas tinha um bebé, mas há um outro que permanece connosco,” contou. Em termos de condições, o município apresenta-se bem, uma vez que tem residências médicas apetrechadas e, apesar de o hospital não estar muito equipado, tem o básico para os serviços e cuidados dos pacientes, referindo-se ao abastecimento de medicamentos, alimentação e material gastável, conforme constatou a nossa equipa de reportagem. Outras dificuldades que atravessam tem a ver com área para o Raio X , que quando aparecem casos de traumas são obrigados a transferir os pacientes para o Waku-Kungo que tem ortopedista, Raio X e bloco.


Fazem 18 partos por mês

Diariamente o hospital municipal do Ebo chega a receber uma média de cinco a seis grávodas em fim de gestação. Os casos mais delicados são enviados para o município do Sumbe, dois a três/dia. Mensalmente, o hospital tem uma média de 18 partos. Os casos de cesarianas são evacuados também para o Sumbe, por falta de bloco operatório em condições Quanto aos casos do VIH/ SIDA o mesmo disse que é mais frequente nas gestantes, mas têm trabalhado na sensibilização aos jovens, de formas a diminuir os casos.

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