Fotografia: DR
Aquilo que já se esperava acabou por acontecer: as eleições na RDC foram adiadas por uma semana, prevendo-se que possam realizar-se no próximo dia 30, se até lá forem ultrapassados alguns constrangimentos logísticos, segundo revelou em conferência de imprensa o presidente da Comissão Nacional Eleitoral Independente, Corneille Nangaa
Corneille Nangaa, presidente da Comissão Nacional Eleitoral Independente (CENI) anunciou em Kinshasa que as eleições previstas para este domingo, afinal de contas, apenas se poderão realizar no dia 30 se até lá estiverem ultrapassados alguns constrangimentos logísticos provocados pelo incêndio de há uma semana.
Ao início da tarde de ontem, Corneille Nangaa já havia deixado perceber essa possibilidade quando recebeu em Kinshasa alguns líderes políticos dos quais tentou obter uma reacção em relação a essa eventualidade.
Théodore Ngoy, Marie-Josée Ifoku, e Jacquemin Shabani, representante de Félix Tshisekedi, foram os primeiros a ser recebidos pelo presidente da CENI, não escondendo à imprensa o seu desapontamento por aquilo que lhes havia sido comunicado.
"A CENI acabou de nos comunicar a sua incapacidade para organizar o escrutínio no dia 23 e pediu o adiamento de uma semana", disse Jacquemin Shabani aos jornalistas à saída da reunião.
Durante a tarde, outros líderes políticos passaram pela sede da CENI para serem informados sobre o adiamento das eleições sendo-lhes explicado que este pedido de adiamento se ficou a dever ao incêndio que destruiu uma parte substancial do material eleitoral destinado às operações de voto em Kinshasa e à propagação da epidemia do Ébola numa parte do país.
Marie-Josée Ifoku, uma das primeiras líderes políticas a ser recebida na CENI disse que por aquilo que tinha ouvido serão necessários mais de dois meses para resolver todos os problemas.
Por sua vez, Martin Fayulu, candidato de uma coligação da oposição, afirmou num comunicado conjunto com os elementos da oposição Jean-Pierre Bemba e Moise Katumbi, cujos partidos estão integrados nessa coligação, que "após mais de dois anos de atrasos constitucionais, um adiamento é injustificável",
"A CENI e o Governo ilegítimo de Kabila tiveram bastante tempo para preparar uma boa eleição, confiável e pacífica", acrescenta o comunicado.
Na verdade, para lá das questões logísticas agora invocadas, existem problemas que se prendem com o método de votação imposto pela CENI, nomeadamente o uso das máquinas electrónicas.
Este sistema foi amplamente contestado pela oposição e pelos bispos católicos com argumentos que se prendem com a pouca divulgação de como os eleitores as poderiam utilizar e, também, com as dúvidas que se levantam em relação à sua fiabilidade.
Já na recta final da campanha eleitoral, marcada por uma extrema violência, todos os candidatos aceitaram esse método de votação, sendo curioso verificar que só depois disso é que se registou o incêndio que destruiu, irreversivelmente, cerca de oito mil dessas máquinas.
Deste modo, mesmo que as eleições se realizem dentro de uma semana ainda não é claro se haverá uma reposição dessas máquinas ou se irá ser decidido outro sistema de votação, pelo menos na região de Kinshasa, o círculo mais afectado pelo referido incêndio.
EM DESENVOLVIMENTO...
Aquilo que já se esperava acabou por acontecer: as eleições na RDC foram adiadas por uma semana, prevendo-se que possam realizar-se no próximo dia 30, se até lá forem ultrapassados alguns constrangimentos logísticos, segundo revelou em conferência de imprensa o presidente da Comissão Nacional Eleitoral Independente, Corneille Nangaa
Corneille Nangaa, presidente da Comissão Nacional Eleitoral Independente (CENI) anunciou em Kinshasa que as eleições previstas para este domingo, afinal de contas, apenas se poderão realizar no dia 30 se até lá estiverem ultrapassados alguns constrangimentos logísticos provocados pelo incêndio de há uma semana.
Ao início da tarde de ontem, Corneille Nangaa já havia deixado perceber essa possibilidade quando recebeu em Kinshasa alguns líderes políticos dos quais tentou obter uma reacção em relação a essa eventualidade.
Théodore Ngoy, Marie-Josée Ifoku, e Jacquemin Shabani, representante de Félix Tshisekedi, foram os primeiros a ser recebidos pelo presidente da CENI, não escondendo à imprensa o seu desapontamento por aquilo que lhes havia sido comunicado.
"A CENI acabou de nos comunicar a sua incapacidade para organizar o escrutínio no dia 23 e pediu o adiamento de uma semana", disse Jacquemin Shabani aos jornalistas à saída da reunião.
Durante a tarde, outros líderes políticos passaram pela sede da CENI para serem informados sobre o adiamento das eleições sendo-lhes explicado que este pedido de adiamento se ficou a dever ao incêndio que destruiu uma parte substancial do material eleitoral destinado às operações de voto em Kinshasa e à propagação da epidemia do Ébola numa parte do país.
Marie-Josée Ifoku, uma das primeiras líderes políticas a ser recebida na CENI disse que por aquilo que tinha ouvido serão necessários mais de dois meses para resolver todos os problemas.
Por sua vez, Martin Fayulu, candidato de uma coligação da oposição, afirmou num comunicado conjunto com os elementos da oposição Jean-Pierre Bemba e Moise Katumbi, cujos partidos estão integrados nessa coligação, que "após mais de dois anos de atrasos constitucionais, um adiamento é injustificável",
"A CENI e o Governo ilegítimo de Kabila tiveram bastante tempo para preparar uma boa eleição, confiável e pacífica", acrescenta o comunicado.
Na verdade, para lá das questões logísticas agora invocadas, existem problemas que se prendem com o método de votação imposto pela CENI, nomeadamente o uso das máquinas electrónicas.
Este sistema foi amplamente contestado pela oposição e pelos bispos católicos com argumentos que se prendem com a pouca divulgação de como os eleitores as poderiam utilizar e, também, com as dúvidas que se levantam em relação à sua fiabilidade.
Já na recta final da campanha eleitoral, marcada por uma extrema violência, todos os candidatos aceitaram esse método de votação, sendo curioso verificar que só depois disso é que se registou o incêndio que destruiu, irreversivelmente, cerca de oito mil dessas máquinas.
Deste modo, mesmo que as eleições se realizem dentro de uma semana ainda não é claro se haverá uma reposição dessas máquinas ou se irá ser decidido outro sistema de votação, pelo menos na região de Kinshasa, o círculo mais afectado pelo referido incêndio.
EM DESENVOLVIMENTO...
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