domingo, 5 de agosto de 2018

Vinte mortos após queda de avião histórico na Suíça




Aparelho Junkers Ju-52 despenhou-se no sábado contra uma montanha no sudeste da Suíça. Não há sobreviventes


A polícia suíça disse neste domingo que morreram todas as pessoas que seguiam a bordo de um avião histórico que se despenhou no sudeste da Suíça. O aparelho, modelo Junkers Ju-52, fazia serviço turístico, segundo a agência Associated Press, quando caiu perto de Flims, um resort nos Alpes, no cantão de Grisões.

O jornal 20min.ch cita uma porta-voz da polícia, Anita Senti, que confirmou que não há sobreviventes deste desastre aéreo, um dos dois que ocorreram na Suíça no sábado. No outro, morreram quatro pessoas, todas da mesma família.


FotoExemplar de um aparelho Junker Ju-52 ao serviço da Ju-Air SUSANNE VENDITTI JU-AIR VIA REUTERS

"Foi o pior dia nos 36 anos de história da Ju-Air", declarou o presidente da empresa, Kurt Waldmeier, numa conferência de imprensa. "Todos sofremos com esta grande perda". É a primeira vez que a empresa se ve envolvida em acidentes com consequências desta natureza. O aparelho acidentado tinha sido inspeccionado em Julho, segundo Kurt Walmeier.

A zona do desastre faz parte da montanha de Piz Segnas, popular entre montanhistas e que é conhecida também por ter um glaciar. O jornal Blick afirma que este modelo de aviões – foram construídos cerca de 5000 aparelhos destes entre 1932 e 1952 – pode levar 17 passageiros e três tripulantes. O aparelho foi encontrado numa zona plana a cerca de 2450 metros de altitude. O espaço aéreo na região foi interditado e a zona foi isolada, proibindo-se a presença de montanhistas, muito habitual naquelas paragens.

As causas são para já desconhecidas e estão a ser investigadas pelo gabinete responsável por apurar os factos em casos de acidentes aéreos na Suíça. Um responsável deste gabinete, citado pela Reuters, afirmou neste domingo de manhã que "é possível garantir que o avião caiu a pique, quase na vertical, a grande velocidade".

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