segunda-feira, 27 de agosto de 2018

UMA ABORDAGEM FUTURISTA SOBRE O SUCESSO| Emanuel Lima.


Será que a história através dos tempos nos mostra que o sucesso das grandes nações do mundo se deu por mero fruto da sorte ou do acaso?
Eu penso que a resposta para essa pergunta seja efectivamente NÃO!

"Não", porque as coisas boas e duradouras não são trazidas pela sorte ou pelos ventos do acaso, são conquistadas, forçadas a acontecer e a permanecer. Elas dão trabalho, exigem sacrifícios e custam muitas vezes o preço de sangue (essa é uma das muitas ilações que tenho aprendido com a maior personagem da história do mundo: Jesus de Nazaré).

Quando, através do escopo da história, vou cambaleando olhar a matriz do sucesso das grandes nações, o que sempre encontro como um colírio para os olhos da minha alma são os SACRIFÍCIOS, isso mesmo! Pessoas, homens e mulheres que em profunda resignação, abnegação e patriotismo, sacrificaram a si mesmas principalmente, a inata afinidade com as frivolidades, as distracções, muitos de seus projectos pessoais, diferentemente da fragrância de individualismo que o novo homem orgulhoso exala, e dedicaram suas vidas e seu tempo na superação de si mesmos, de seu egoísmo, sua maldade, suas falhas e imperfeições numa luta frenética, constante e infinita, para perceber o homem e o meio que este está inserido e com o qual comunica sua existência e sobrevivência.

A história nos vem ensinando que o homem é um perfeito e completo filosofo cuja sobrevivência depende da apreensão do maior número de sentidos, signos e significados de seu meio ambiente. Uma relação polissémica que tem com tudo o que consegue ver, tocar e sentir (quiçá com o metafísico), para INTERFERIR e (RE)PRODUZIR a favor de si mesmo! Mas não antes de compreender a si mesmo. De saber do que precisou, precisa e vai precisar.

Descobri um segredo, os Estados Unidos das Américas e todas as outras grandes novas nações do mundo, não têm o "sucesso" tecnológico, politico e social que têm, por causa da sorte ou dos ventos do acaso que sopraram a seu favor. Eles, pelo contrário, na ausência dos ventos, os CRIARAM e os fizeram soprar na sua direcção. Daqui podemos arrebatar a ilação de que é preciso, fundamental e impreterivelmente PENSAR. Investir no "capital humano". Na formação do homem como agente "supremo" na preservação, regulação e até superação de tudo em sua volta. Não podemos investir na cultura e nas artes, nas ciências sociais e exatas e até nas infraestruturas, sem investir no homem. sendo que este é aquele que produz precedentemente àquela(s) para depois ser produzido por elas.

África, Angola mais especificamente, é ainda uma nação a espera de acontecer, um mar bravio aonde sopram ainda grandes e oportunos ventos, se desejamos que ela seja de facto, é preciso investirmos no nosso homem. Dota-lo de capacidade e estrutura e meios para que este PENSE a si mesmo, a sua história, passado, presente e projecte um futuro de grande escala, conheça sua matriz social e antropológica, estude o seu homem, conheça-o até as profundezas de seu timo, sua cultura, arte e ancestralidade, do passado, do presente, sua relação com seus contemporâneos e a relação de seus ancestrais com os ancestrais destes, e assim esteja munido o suficiente para PENSAR na construção de uma nação verdadeiramente INDEPENDENTE em todos os sentidos aplicáveis e usuais da palavra.

Eu e tu, Precisamos superar-nos, nossas imperfeições e limitações, nossa inata afinidade com as frivolidades, nossa predisposição ao absurdo e patético, e em resignação e abnegação caminharmos para pensarmos não apenas na 'fome' de hoje mas compreendermos a do passado e projetarmos formas de a esquivarmos/eliminarmos permanentemente do nosso futuro (a nível pessoal e nacional).

É preciso que homens e mulheres, se levantem OUSADAMENTE para PENSAR Angola em GRANDE ESCALA.

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