Para Ángela, este caminho não é apenas um de realização pessoal, mas também uma forma de colocar em foco a discriminação sofrida por pessoas transgénero. “A sociedade não é educada em questões de diversidade. É esta a minha razão para ter decidido tornar este um assunto público. Quero dizer que não sou estranha, sou o que sou, tenho apenas uma história diferente. Uma mulher a quem a vida aconteceu de forma diferente mas, ainda assim, uma mulher”, disse a modelo à agência EFE.
Nas entrevistas que deu à imprensa espanhola, Ponce disse que sempre se sentiu mulher, que sempre o soube, mesmo vivendo dentro de um corpo de rapaz, só que não o conseguia explicar.
A primeira mulher a fazer história neste campo foi Jenna Talackova, que, em 2012, venceu uma batalha legal que lhe permitiu concorreu a Miss Canadá. Não venceu, mas levou para casa o título de “Miss Simpatia”.
Atualmente, a Miss Espanha trabalha como modelo e ajuda os pais servindo à mesa no restaurante da família. Ao diário “El País”, que a questionou sobre as razões que a levaram a optar pelo concurso “geral” de “misses” e não por aquele já existe para mulheres transgénero (Miss International Queen), Ponce respondeu assim: “Ainda bem que há esses concursos mas eu sou a Angela, sou uma pessoa, sou uma mulher, com toda a diversidade que isso pressupõe e sou uma mulher transsexual. Eu quero ser eu e quero que as pessoas me respeitem como tal. Eu nunca fui homem, no meu ADN eu era mulher antes de eu nascer”.
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