O Banco Nacional de Angola (BNA), suspendeu nesta terça-feira, em Luanda, o Conselho de administração do Banco Angolano de Negócios e Comércio, S.A. (BANC), dada a indisponibilidade de os actuais accionistas acorrerem ao aumento de capital determinado por lei.
Segundo um comunicado do banco central angolano, a adopção de tais medidas culminou com a suspensão do órgão de administração daquele banco, bem como a nomeação de Administradores Provisórios para a referida instituição bancária.As medidas de saneamento visam a reposição dos termos de sustentabilidade financeira e operacional do banco, harmonizando-as com as normas vigentes para o exercício da actividade comercial bancária no país.
Sendo assim, diz ainda o comunicado, será concluída a avaliação detalhada da totalidade da carteira de crédito da instituição e sua afectação à componente a ser incorporada nos prejuízos, bem como proceder-se-á ao levantamento dos elementos patrimoniais a serem objecto de alienação ou transferência e reestruturação das obrigações perante credores.
A coordenação da implementação das medidas extraordinárias de saneamento, será assegurada pelos Administradores Provisórios nomeados pelo Banco Central, aos quais compete, entre outras medidas legais e estatutariamente previstas, convocar a Assembleia Geral e determinar a ordem do dia, bem como revogar decisões anteriormente adoptadas pelo órgão de administração, diz o comunicado.
De acordo com o comunicado do BNA, os administradores provisórios ora nomeados exercerão as suas funções por um período de 6 meses, prorrogável por igual período, dentro do qual elaborarão um relatório sobre a situação patrimonial do BANC e as suas causas e submete-lo ao Governador do Banco Nacional de Angola.
O BNA reitera deste modo que, com a intervenção em questão, não se alteram as relações de negócios do BANC com os seus clientes, garantindo, igualmente, a segurança dos depósitos mantidos junto dessa instituição financeira bancária.
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