Mercado do KM30, em Viana ( Foto: Lídia Onde)Os preços dos principais produtos da cesta básica mantêm-se estáveis nesta quadra festiva, em Luanda, com excepção do ovo e do feijão que subiram quase para o dobro, constatou hoje o NJOnline durante uma ronda efectuada aos estabelecimentos comerciais e mercados informais da capital.
Durante a ronda, que percorreu estabelecimentos comerciais dos Congoleses, Gamek, Cazenga, Cacuaco, e os mercados do Catinton e Km 30, em Viana, foi notória a subida dos preços do cartão de ovo, que em menos de uma semana passou de 1.000 para 1.800 kwanzas, enquanto, no mesmo período, um quilograma de feijão subiu de 300 para 500 Kz.
Já o arroz, a massa alimentar, a farinha de milho, o trigo, o óleo alimentar, o leite fresco, o açúcar e os frescos continuam a ser vendidos aos mesmos preços dos meses anteriores.
No caso do saco de 25 quilogramas de arroz, os preços variam entre 5.200 a 5.400 Kz, margem que oscila entre os 4.500 e 5.300 kz no caso do saco de 25 kg de farinha de milho (dependendo da origem).
Para além da estabilidade da esmagadora maioria dos preços do produtos que compõem a cesta básica, o NJOnline constatou que na maioria dos estabelecimentos comerciais e mercados informais há tudo para a ceia de Natal e do final de ano.
Os stocks incluem sacos de 50 kg de farinha de trigo a 9.000 kz, de 25 Kg de açúcar a 4.600 Kz, enquanto o de 50 kg de açúcar custa 8.400 Kz.
Já a caixa de óleo, com 12 litros, está a ser vendida entre 3.500 a 4.800 kz, e caixa de leite fresco, com seis litros, oscila entre 1.900 a 2.200 kwanzas.
"É nosso desejo que as coisas se mantenham assim, porque nesta época havia muitas perdas para os comerciantes. Os preços subiam de forma inexplicável, mas agora está melhor", concordam os comerciantes Miguel Fernando e Pedro Assis, que exercem a actividade há 10 anos.
Ministro do Comércio prometeu travar especulação
A estabilidade dos preços também se constata na área dos frescos, com a caixa de 10 kg de coxas de frango a custar entre 3.900 e 4.000 kwanzas, a caixa de 10 kg de entrecosto a valer entre 7.840 e 9.180 kz, e a caixa de 10 kg de febras a custar entre 10 a 11 mil kz. Passando para o peixe, 20 kg de carapau estão a ser vendidos entre 14.990 e 17.500 kz, enquanto o preço da mesma quantidade de makayabo fixou-se nos 14.500 kwanzas.
Os valores não passam despercebidos aos clientes, como é o caso de Luzia Sebastião, de 30 anos.
"Já que estamos a viver uma crise, vamos acompanhar a nossa crise com os preços à nossa medida, é melhor que os produtos continuem assim sem alterações", defendeu, lamentou, contudo, a subida do preço do ovo.
Também Márcia Domingos, que aproveitou para fazer as compras de Natal com antecedência nos Armazém das Pedrinhas, nos Congoleses, lamenta que o preço do ovo esteja "a subir a cada dia".
À excepção deste aumento, a dona de casa nota que "felizmente tudo está normal", e explica porque é que prefere antecipar as compras para a quadra festiva.
"Há muitas enchentes entre os dias 20 e 28, e as coisas sobem", diz.
Por enquanto, porém, valem as garantias dadas pelo ministro do Comércio, Jofre Van-Dúnem Júnior.
O governante assegurou, no início deste mês, que não haverá falhas no abastecimento de produtos da cesta básica para a quadra festiva, e acrescentou que o ministério que tutela vai combater a especulação de preços no país.
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