Fotografia: DR
Aquilo que começou com uma manifestação contra o aumento do preço do pão e dos combustíveis, já se transformou em violentos protestos que causaram até ao momento 22 mortos e que colocam em causa a estabilidade política do país, com as forças da oposição a pedirem a Omar al-Bashir uma transferência pacífica de poder, o que faz recordar a Primavera Árabe. Os militares afirmam estar ao lado do Presidente
As manifestações de rua que têm vindo a realizar-se no Sudão já provocaram 22 mortos, de acordo com fontes ligadas ao principal partido da oposição, confirmadas pela imprensa interancional e não desmentidas pelas autoridades locais.
Os protestos populares de rua começaram há cerca de uma semana, com os manifestantes a contestarem o recente aumento do preço do pão e dos combustíveis, tendo aos poucos recebido a solidariedade crescente de forças da oposição e de organizações da sociedade civil.
Mais recentemente, foram os médicos a anunciar que se irão juntar aos manifestantes na onda de protestos que está a provocar uma forte pressão política sobre o Presidente Omal al-Bashir a quem já é pedida uma transição pacífica do poder.
Mas, na verdade o descontentamento popular no Sudão não é uma coisa de agora. Durante o ano que está prestes a terminar, o custo dos principais bens alimentares quase que duplicaram com a inflação a atingir os 70 por cento, fruto da desvalorização da moeda e da escassez de alguns produtos essenciais, mesmo na cidade de Cartum.
No passado fim de semana, as autoridades anunciaram a detenção de 14 líderes das Forças Nacionais de Consenso, uma coligação da oposição. Entre os detidos está Farouk Abu Issa, de 85 anos. Esta detenção foi mais um pretexto para agitar a fúria dos manifestantes, que nas suas reivindicações passaram a incluir também a exigência para a sua libertação.
Também no fim de semana, Sadiq al-Mahdi, líder do principal partido da oposição, o Umma, condenou publicamente a "repressão armada" e disse que os protestos estão a acontecer devido ao "agravamento da situação social do país".
Este responsável, pediu também ao governo do Presidente al-Bashir para que aceite uma transferência pacífica do poder de modo a evitar a "confrontação com o povo".
Sadiq al-Mahdi, que na semana passada regressou de um exílio de um ano, desempenhou já as funções de primeiro-ministro entre 1966 e 1967 e entre 1986 e 1989, altura em que foi deposto por um golpe liderado pelo actual Presidente Omar al-Bashir.
Antes, adeptos de futebol que seguiam para um estádio de Cartum foram dispersados pela polícia com gás lacrimógeneo depois depois de terem exibido faixas a exigir a demissão do Chefe de Estado.
Os militares, enquanro isso, emitiram na terã-feira um comunicado onde dizem estar ao lado do Presidente. \"As forças armadas apoiam a liderança do Presidente al-Bashir e o grande interesse em salvaguardar as realizações do povo e a segurança do país\", refere a nota enviada à imprensa.
EM DESENVOLVIMENTO...
Aquilo que começou com uma manifestação contra o aumento do preço do pão e dos combustíveis, já se transformou em violentos protestos que causaram até ao momento 22 mortos e que colocam em causa a estabilidade política do país, com as forças da oposição a pedirem a Omar al-Bashir uma transferência pacífica de poder, o que faz recordar a Primavera Árabe. Os militares afirmam estar ao lado do Presidente
As manifestações de rua que têm vindo a realizar-se no Sudão já provocaram 22 mortos, de acordo com fontes ligadas ao principal partido da oposição, confirmadas pela imprensa interancional e não desmentidas pelas autoridades locais.
Os protestos populares de rua começaram há cerca de uma semana, com os manifestantes a contestarem o recente aumento do preço do pão e dos combustíveis, tendo aos poucos recebido a solidariedade crescente de forças da oposição e de organizações da sociedade civil.
Mais recentemente, foram os médicos a anunciar que se irão juntar aos manifestantes na onda de protestos que está a provocar uma forte pressão política sobre o Presidente Omal al-Bashir a quem já é pedida uma transição pacífica do poder.
Mas, na verdade o descontentamento popular no Sudão não é uma coisa de agora. Durante o ano que está prestes a terminar, o custo dos principais bens alimentares quase que duplicaram com a inflação a atingir os 70 por cento, fruto da desvalorização da moeda e da escassez de alguns produtos essenciais, mesmo na cidade de Cartum.
No passado fim de semana, as autoridades anunciaram a detenção de 14 líderes das Forças Nacionais de Consenso, uma coligação da oposição. Entre os detidos está Farouk Abu Issa, de 85 anos. Esta detenção foi mais um pretexto para agitar a fúria dos manifestantes, que nas suas reivindicações passaram a incluir também a exigência para a sua libertação.
Também no fim de semana, Sadiq al-Mahdi, líder do principal partido da oposição, o Umma, condenou publicamente a "repressão armada" e disse que os protestos estão a acontecer devido ao "agravamento da situação social do país".
Este responsável, pediu também ao governo do Presidente al-Bashir para que aceite uma transferência pacífica do poder de modo a evitar a "confrontação com o povo".
Sadiq al-Mahdi, que na semana passada regressou de um exílio de um ano, desempenhou já as funções de primeiro-ministro entre 1966 e 1967 e entre 1986 e 1989, altura em que foi deposto por um golpe liderado pelo actual Presidente Omar al-Bashir.
Antes, adeptos de futebol que seguiam para um estádio de Cartum foram dispersados pela polícia com gás lacrimógeneo depois depois de terem exibido faixas a exigir a demissão do Chefe de Estado.
Os militares, enquanro isso, emitiram na terã-feira um comunicado onde dizem estar ao lado do Presidente. \"As forças armadas apoiam a liderança do Presidente al-Bashir e o grande interesse em salvaguardar as realizações do povo e a segurança do país\", refere a nota enviada à imprensa.
EM DESENVOLVIMENTO...
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