Espiã russa trabalhou na embaixada dos EUA em Moscou
AFP / VASILY MAXIMOVÔnibus com diplomatas americanos e suas famílias expulsos da Rússia abandona embaixada dos EUA em Moscou, em 5 de abril de 2018.
Uma suposta espiã russa trabalhou na embaixada dos Estados Unidos em Moscou durante uma década, antes de ser demitida discretamente no ano passado, revelou a imprensa nesta quinta-feira.
A mulher, de nacionalidade russa, foi contratada pelo Serviço Secreto e estava sob suspeita após uma checagem de rotina por parte do departamento de Estado, segundo o jornal britânico The Guardian e a rede de televisão americana CNN.
A investigação descobriu que a mulher mantinha reuniões periódicas não autorizadas com membros da principal agência de inteligência russa, FSB
"Supomos que todos falavam com a FSB, mas ela estava dando muito mais informação do que deveria", disse um funcionário à CNN.
A mulher tinha acesso aos sistemas de intranet e e-mail do Serviço Secreto, o que lhe abria uma janela para dados potencialmente sensíveis, incluindo as agendas do presidente e do vice-presidente dos Estados Unidos.
Segundo The Guardian, o Serviço Secreto tentou superar a situação embaraçosa demitindo a mulher quando Moscou exigiu a saída de 750 membros da embaixada americana na Rússia durante a disputa diplomática gerada pelas acusações de interferência nas eleições presidenciais de 2016 nos Estados Unidos.
Consultado pela AFP, o Departamento de Estado dos EUA disse que está analisando o relatório, mas não comentou sobre questões de inteligência.
FONTE: AFP
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