segunda-feira, 18 de junho de 2018

UNITA reafirma opção por eleições simultâneas


O presidente da UNITA, Isaías Samakuva, reafirmou, na cidade de Menongue, Cuando Cubango, a necessidade de se realizar as eleições autárquicas em simultâneo em todos os municípios, para se combater as assimetrias e proporcionar um desenvolvimento harmonioso.

Fonte JA

Ao discursar sábado no acto de encerramento das festividades do 46º aniversário da Liga da Mulher Angolana (LIMA), braço feminino da UNITA, que decorreu na cidade de Menongue, sob o lema “LIMA unida e coesa rumo às autarquias”, Isaías Samakuva referiu que a descartar-se esta possibilidade, a situação social e económica das regiões menos evoluídas vai agravar-se ainda mais.

No seu entender, a realização das eleições autárquicas representa o nível mais elevado da cidadania e democracia no país, onde todo o cidadão participa na gestão da coisa pública, através da escolha dos seus dirigentes a nível local.

As eleições autárquicas, declarou, não devem ser feitas apenas nas regiões mais desenvolvidas, é um erro pensar assim, defendendo que as localidades com menos desenvolvimento deviam ser contempladas.

Segundo o líder da UNITA, ao aplicar o gradualismo geográfico nas autarquias de 2020 somente nos municípios mais desenvolvidos do país, “estaremos diante de um grave atropelo ao que vem plasmado na Constituição da República de Angola”, razão pela qual o seu partido vai passar em todas as províncias para provar junto da população que o ponto de vista do MPLA, que defende o gradualismo, está errado.

As autarquias que o MPLA quer implementar no país, acrescentou, não são aquelas que foram implementadas nos outros países e que a UNITA quer que sejam institucionalizadas em Angola. Isaías Samakuva argumentou que apesar deste ou aquele município ser menos desenvolvido, existem mecanismos que garantem a execução dos projectos. 

Isaías Samakuva acusou o MPLA de estar a criar várias situações para desvirtuar o processo das eleições autárquicas, visto que, explicou, a própria Constituição da República diz claramente como é que o processo deve ser implementado. “Não podemos compreender isto, porque o que devia ser feito primeiro é a institucionalização das autarquias, para que as pessoas consigam fazer alguma coisa para saírem da pobreza em que se encontram”, disse.

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