O patrulhamento nocturno efectuado pela Polícia Nacional em 11 províncias do país, nos dias 21 e 22, no âmbito da Operação Relâmpago, permitiu a detenção de 1.197 indivíduos suspeitos de envolvimento em diversos crimes. Destes, 722 são cidadãos nacionais e 475 estrangeiros em situação migratória ilegal
A revelação foi feita ontem, em Luanda, pelo comissário José Carlos da Cunha Piedade, em conferência de imprensa. Dos 1.197 indivíduos detidos na Operação Relâmpago, 739 foram em flagrante delito e 328 por mandados de captura. Foram igualmente detidos 153 elementos pertencentes a 39 associações de malfeitores e apreendidas 114 armas de fogo de diversos calibres, 488 viaturas, 617 motorizadas, 827,733 quilos de liamba, 387 metros de cabos eléctricos e 193 motores de veículos de marcas diversas. Os resultados obtidos foram sobre as províncias de Luanda, Benguela, Huíla, Huambo, Bié, Bengo, Cuanza-Norte e Sul, Uíge, Zaire e Cabinda.
Segundo José Piedade, a Operação Relâmpago visou reduzir a criminalidade, resgatar o sentimento de segurança das populações e repor a estabilidade da situação de segurança pública no país. O motivo da realização desta operação está directamente ligado com a situação da criminalidade no nosso país, particularmente o sentimento de insegurança dos cidadãos. “Temos assistido ao registo de roubos à mão armada e furtos de artigos diversos no interior de residências, bancos, cantinas, paragens e interiores de táxis que geraram um aumento do sentimento de insegurança das nossas populações, particularmente na cidade capital”, reforçou. A tendência crescente de crimes violentos como homicídios, raptos e sequestros, roubos de viaturas, motorizadas, valores monetários e telemóveis, praticados na via pública, normalmente com recursos à arma de fogo, tem estado associados ao consumo excessivo de bebidas alcoólicas e ao medo devido à sua mediatização nas redes sociais, que concorrem para o sentimento de insegurança da população.
Igualmente foi realizada uma operação stop, para efectuar buscas no interior de veículos, revistas aos seus ocupantes com o auxílio da técnica canina, no sentido da detenção de armas de fogo, drogas e outros objectos proibidos. Procedeu-se à fiscalização de veículos e condutores que dirigiam sob o efeito de álcool. As armas das empresas privadas e de seguranças não estiveram de parte na operação em destaque, pelo que foram feitas apreensões de artigos de proveniência ilícita nos mercados, lojas e armazéns, realizadas buscas de potenciais delinquentes e de grupos de marginais organizados que vinham tirando o sossego das populações em alguns bairros. A Polícia não ignorou a utilização dos mecanismos de segurança nos condutores e também o reforço do controlo de tráfego nas zonas limítrofes das províncias de Luanda, Bengo, Cuanza- Sul e Norte para impedir a fuga de marginais e detectar viaturas roubadas ou furtadas, mediante a revista do condutor e passageiros.
Fonte: O País; POR: Maria Teixeira
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