Fotografia: Domingos Cadência |?Edições Novembro
Uma rede de prostituição de menores de 15 anos, supostamente comandada por dois jovens que se encontram a contas com a justiça, foi desmantelada, há dias, na zona de Camama, rua 23, pelo Serviço de Investigação Criminal (SIC)de Luanda.
Uma rede de prostituição de menores de 15 anos, supostamente comandada por dois jovens que se encontram a contas com a justiça, foi desmantelada, há dias, na zona de Camama, rua 23, pelo Serviço de Investigação Criminal (SIC)de Luanda.
Os dois homens recrutavam meninas menores de 16 anos, de baixa renda, e encaminhava-as até ao prostíbulo, onde eram obrigadas a prostituir-se e em troca recebiam cinco mil kwanzas por cliente.
O SIC anunciou ter apanhado, em flagrante delito, quatro menores dentro do prostíbulo, que aguardavam por clientes e oito raparigas de 18 anos, que se dedicam à prostituição há já vários meses.
Cada menina atendia, em média diária, dez clientes e dos cinco mil que recebia por cada acto sexual ficava com três mil e entregava os outros dois mil ao proprietário do prostíbulo.
De acordo com a investigação levada a cabo pelo Departamento de Combate ao Crime Organização, do Serviço de Investigação Criminal de Luanda, as meninas dedicavam-se à prostituição por influência dos dois jovens que se encontram detidos.
As meninas levadas a prostituírem-se, segundo o SIC, pertencem a famílias carentes residentes em vários bairros periféricos de Luanda, como Mundial, Benfica, Bita, entre outras zonas da capital do país.
O SIC disse que as meninas, incentivadas pelos dois comparsas, saíam de casa para o prostíbulo por muitos dias e ludibriavam as famílias, dizendo que iam para casa de amigas.
As quatro meninas encontradas no prostíbulo foram encaminhadas ao Laboratório Central de Criminalística para serem submetidas a vários exames, que constarão do processo e,posteriormente, serem devolvidas ao convívio familiar. Não estudam e muito menos sabem ler e escrever.
A mãe de uma das meninas reconheceu que se encontra em situação social muito precária e que não tem como sustentar algumas exigências da filha.
O Jornal de Angola apurou que, durante seis meses de prostituição, algumas meninas chegaram a atender clientes sem o uso de preservativo.
Mais duas redes desmanteladas
A fonte do Serviço de Investigação Criminal não descarta a possibilidade de haver outros prostíbulos, que funcionam clandestinamente, em que menores são aliciadas por adultos a prostituírem-se a troco de valores monetários.
No dia 8 de Janeiro deste ano, o Departamento de Combate ao Crime Organizado do Serviço de Investigação Criminal de Luanda deteve, no Rangel, dois indivíduos, de 43 e 49 anos, por fazerem reféns, durante três meses, oito menores de 16 anos.
De acordo com o SIC, as meninas são mobilizadas para a prostituição sob aliciamento de valores monetários e de um possível patrocínio para a gravação de música e de emprego.
Durante o período que estiveram sob cativeiro, revela a fonte, foram obrigadas a manterem relações sexuais com os dois homens e outros clientes a troco de valores monetários.
O caso despertou a atenção do SIC depois que o pai de uma das meninas ao notar a ausência injustificada da filha, de 16 anos, por longo tempo, decidiu apresentar queixa-crime junto do Departamento do Ministério do Interior.
O trabalho do SIC resultou na localização da menor, que se encontrava num prostíbulo há três meses.
No dia 5 de Abril deste ano, o SIC deteve quatro indivíduos, sendo três angolanos e um chinês, de 21 e 45 anos, por aliciamento de meninas de 15 anos para a prostituição, num estaleiro de obras, a troco de mil kwanzas.
Estes indivíduos, segundo o SIC, foram encontrados com quatro meninas, de 14 e 15 anos, no bairro dos CTT, em?luanda.
Fonte: Jornal de Angola
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