Pelo menos oito “capacetes azuis” chadianos morreram ontem na sequência de um ataque terrorista num campo da missão da ONU no nordeste do Mali, informou uma fonte da missão citada pela agência France Press (AFP).
Num balanço anterior, as fontes diplomáticas contactadas pela AFP falavam inicialmente em seis mortes, mas num novo balanço uma fonte da missão da ONU diz que houve “pelo menos oito” mortos em Aguelhok.
Destacada desde 2013, depois de o norte do Mali ter caído sob a influência de “jihadistas” ligados à Al-Qaeda, a missão (Minusma) tem cerca de 12.500 militares e polícias, sendo actualmente a missão de manutenção da paz das Nações Unidas com mais vítimas.
Uma fonte das forças de segurança do Mali referia haver pelo menos seis mortos e 19 feridos entre vários terroristas atingidos. De acordo com o balanço feito em Abril do ano passado, cerca de 160 “capacetes azuis” já tinham morrido no país, sendo 102 em actos hostis, constituindo mais de metade dos soldados das Nações Unidas mortos durante este período em todo o mundo.
O norte do Mali caiu em Março-Abril de 2012 nas mãos de grupos “jihadistas” ligados à Al-Qaeda.
Esses grupos foram, em grande parte, expulsos por uma intervenção militar internacional lançada em Janeiro de 2013 por iniciativa da França e que está ainda em curso. Mas há zonas inteiras do país que continuam a escapar ao controlo das forças malianas e estrangeiras, regularmente alvo de ataques, apesar da assinatura, em 2015, de um acordo de paz destinado a isolar definitivamente os “jihadistas”, mas cuja aplicação acumula atrasos.
Desde 2015, estes ataques estenderam-se ao centro e ao sul do Mali e o fenómeno está a alastrar aos países vizinhos, em particular ao Burkina Faso e ao Níger.
Jornal de Angola
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