segunda-feira, 17 de dezembro de 2018

Secretário-geral da OPEP em Angola para consultas


O secretário-geral da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), Mohammad Barkindo, inicia hoje consultas com as autoridades angolanas sobre os desafios do cartel no mercado internacional.

Ontem, à chegada no Aeroporto Internacional 4 de Fevereiro, Mohammad Barkindo disse à imprensa que Angola é um membro muito importante na OPEP, o que justifica a consulta que vem fazer às lideranças angolanas sobre o futuro da organização. 

"Assistimos a abertura que Angola vive. O país continua a jogar um papel importante de liderança chave na organização. Vim consultar as autoridades angolanas para, depois, reportar à organização sobre os progressos feitos até aqui", disse.

Mohammad Barkindo vai trabalhar durante três dias em Angola, com o objectivo de auscultar as autoridades angolanas do sector enquanto membro da organização.

Mohammad Barkindo inicia a visita de trabalhos hoje com um encontro de cortesia com o ministro dos Recursos Minerais e Petróleos, Diamantino Azevedo, nas instalações da instituição, e com o presidente do Conselho de Administração da Sanangol E.P.

Amanhã, o secretário-geral da OPEP visita as instalações da base logística da Sonils e participará no seminário sob o tema "OPEP e seu papel na estabilização do mercado de petróleos". Quanto à decisão de cortar na produção petrolíferas, a partir de Janeiro próximo, saída da última reunião de ministros da OPEP e não OPEP, Mohammad Sanusi Barkindo referiu que o objectivo é estabilizar e garantir a sustentabilidade do mercado. 

Angola participou, em princípios de Dezembro, em Viena (Áustria), na 175ª reunião da Conferência de Ministros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), numa altura em que o preço do crude nas bolsas de valores demonstrava tendência de recuperação, depois de perdas consecutivas nas últimas semanas.

No encontro, segundo uma nota de imprensa do Ministério dos Recursos Minerais e Petróleos, Angola esteve representada pelo ministro do sector, Diamantino Azevedo e por outros responsáveis do Ministério e da Sonangol. Antes do encontro de ministros da OPEP, foi realizada a 12ª Reunião do Comité Conjunto de Monitoramento (JMMC), órgão de acompanhamento da Declaração de Cooperação entre os OPEP e 11 produtores Não OPEP, programada na Reunião Ministerial Conjunta realizada em Dezembro de 2016.

Na 175ª reunião de ministros da OPEP, os responsáveis discutiram a estratégia da Organização para o próximo ano e decidiram sobre o volume de produção global de petróleo face ao declínio do preço nas últimas semanas.

A OPEP é responsável por cerca de 40 por cento da produção de petróleo a nível mundial. Os encontros terminam no último dia, com a realização da 5ª reunião ministerial entre os OPEP e produtores Não OPEP. 

Angola foi admitida como membro de pleno direito da OPEP em Janeiro de 2007, depois deste assunto ser abordado a 14 de Dezembro de 2006, durante a 143ª conferência extraordinária desta instituição, realizada em Abuja (Nigéria).

A Organização dos Países Exportadores de Petróleo foi fundada em 1960, com o objectivo de coordenar as políticas dos seus membros referentes ao petróleo, de modo que possam proteger os seus interesses.

O seu surgimento foi uma resposta das nações que produzem petróleo face a uma queda generalizada dos preços. O projecto surgiu a partir de uma iniciativa dos governos da Arábia Saudita e da Venezuela.

Integram a OPEP países membros produtores de petróleo como Angola, Argélia, Gabão, Guiné Equatorial, Líbia, Nigéria, Venezuela, Equador, Arábia Saudita, Emirados Árabes, Irão, Indonésia, Iraque e Kuwait. O Qatar deixou a organização há poucas semanas.

A delegação do secretário-geral da OPEP foi recebida ontem no Aeroporto 4 de Fevereiro pelo secretário de Estado dos Recursos Minerais e Petróleos, Paulino Jerónimo.

Jornal de Angola

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