sábado, 15 de dezembro de 2018

Namibe pode entrar no “mapa” da produção petrolífera nacional








O processo de prospecção de petróleo no mar da província do Namibe deve começar no próximo ano. As condições, do ponto de vista legal, estão a ser criadas. É neste sentido que foram já assinados documentos que vão permitir o início das actividades.

Das províncias situadas no litoral do país, o Namibe é a única que não está envolvida em acções de prospecção e produção de petróleo. O cenário pode mudar nos próximos dias. É que foi assinado, ontem, em Luanda, um acordo entre a Sonangol e a petrolífera americana ExxonMobil que visa dar início a actividades naquela província do litoral mais ao Sul do país. O acordo rubricado marca a conclusão da primeira etapa para o reforço da cooperação entre Sonagol e a petrolífera Exxon-Mobil para novos investimentos, novas concessões para exploração na bacia do Namibe que é uma novidade em termos de relançamento da estratégia de exploração no território angolano, fez saber o presidente do Conselho de Administração da Sonangol, Carlos Saturnino.

Carlos Saturnino explicou que o memorado oficializa as negociações em cursos para três porções petrolíferas na bacia do Namibe no âmbito da estratégia que o Governo angolano tem feito para atrair novos investimentos para indústria petrolífera. Lembrou ainda que a Exxon- Mobil é um parceiro da Sonagol e que é conhecido por ser o operador do bloco 15 que tem uma produção importante em Angola. Carlos Saturnino explicou que depois desse passo começam a ser negociados os contratos para cada uma das concessões e também no âmbito do reforço de novas actividades petrolíferas, descoberta de novas reservas, sustentabilidade e o aumento da produção dos anos futuros. Fez saber, entretanto, que foram feitos até ao momentos trabalhos simples em termos sísmicos e de estudos, tendo afirmado ser, de facto, uma novidade, porque a bacia do Namibe passará a contar com actividades reais de prospeção e pesquisa de hidrocarbonetos.

Firmou que além da petrolífera ExxonMobil, outras empresas também manifestaram interesse em explorar a Bacia do Namibe. Cabinda e Zaire são as províncias com maiores níveis de produção. Luanda também tem a sua quota parte. Cuanza-Sul e Benguela estão presentes na indústria petrolífera através da construção de equipamentos de apoio à indústria petrolífera, com as empresas PAENAL e SONAMET, respectivamente. Importa referir que a “descoberta” de petróleos no Namibe pode influenciar na economia local, através do fomento do emprego, criando riqueza para as famílias e aumento da tributação por parte das empresas que vão operar no sector e de pessoas singulares.

OPAIS

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