O jovem André José, de 18 anos, mais conhecido por “Cabetula” foi morto à facada, no bairro dos Rastas, Golf I, por membros de um grupo rival, após desentender-se com estes. O grupo a que pertencia a vítima e a população em local, revoltados com a situação incendiaram quatro casas dos cidadãos acusados.
Cabetula, de 18 anos, era lotador (chamador de passageiros) de carros na conhecida Praça dos Rastas, no bairro com o mesmo nome, no Golf II, município do Kilamba Kiaxi, cuja criminalidade atingiu níveis alarmantes. O jovem pertencia ao grupo “Os Tão Gordo”, que escolheu a referida praça como a sua “Placa” (local de concentração para confraternização e trabalho). Foi na noite do último Sábado que perdeu a vida, como resultado de golpes à facada feitos na região do peito, da barriga e das costas, perpetrados por indivíduos de um grupo rival denominado “Os de Sangue”. Maria Luciano, mãe da vítima, conta que o seu filho foi surpreendido pelo grupo rival pelas costas, enquanto chamava na praça dos Rastas, um grupo com o qual se havia desentendido na tarde do Sábado.
A sua namorada, que estava perto, ainda pediu por socorro, mas Cabetula tinha perdido muito sangue, pelo que morreu a caminho do hospital. “O moço que matou o meu filho já tem fama de assassino aqui no bairro. O meu filho é a terceira vítima mortal dele”, disse a senhora, referindo-se ao principal acusado da morte de Cabetula, que no bairro é conhecido apenas por Melodia e que estava acompanhado por três oCabetula, de 18 anos, era lotador (chamador de passageiros) de carros na conhecida Praça dos Rastas, no bairro com o mesmo nome, no Golf II, município do Kilamba Kiaxi, cuja criminalidade atingiu níveis alarmantes. O jovem pertencia ao grupo “Os Tão Gordo”, que escolheu a referida praça como a sua “Placa” (local de concentração para confraternização e trabalho). Foi na noite do último Sábado que perdeu a vida, como resultado de golpes à facada feitos na região do peito, da barriga e das costas, perpetrados por indivíduos de um grupo rival denominado.
“Os de Sangue”. Maria Luciano, mãe da vítima, conta que o seu filho foi surpreendido pelo grupo rival pelas costas, enquanto chamava na praça dos Rastas, um grupo com o qual se havia desentendido na tarde do Sábado. A sua namorada, que estava perto, ainda pediu por socorro, mas Cabetula tinha perdido muito sangue, pelo que morreu a caminho do hospital. “O moço que matou o meu filho já tem fama de assassino aqui no bairro. O meu filho é a terceira vítima mortal dele”, disse a senhora, referindo-se ao principal acusado da morte de Cabetula, que no bairro é conhecido apenas por Melodia e que estava acompanhado por três outros membros do grupo a que pertence, “Os de Sangue”.utros membros do grupo a que pertence, “Os de Sangue”.
Ao aperceberem-se que Cabetula estava morto, e porque os familiares dos membros do grupo rival tinham sido informados, os do grupo a que pertencia a vítima, bem como a população em geral puseram- se a destruir a casa de Melodia. Arrancaram as portas e janelas, carregaram as mobílias e atearam fogo na residência que fica a duas quadras de onde vivia a vítima. O mesmo processo foi feito com outras três casas, no mesmo bairro, dos outros membros do grupo acusado de esfaquear até à morte Cabetula. “O pai do Melodia teve a coragem, mesmo a ver que o meu filho está morto, de sair daqui e dar queixa à Polícia, alegando que lhe roubaram a botija. Pegaram um dos amigos do meu filho e lhe prenderam”, conta.
De acordo com a irmã da vítima, Sandra, o jovem de 18 anos entrou no grupo “Tão Gordo” quando tinha 16 anos, tinha sido preso duas vezes porque “mexia nas coisas alheias” e já participou em “lutas de grupo”. Quando questionada se o termo “mexer” estava referia roubar, Sandra enrolou- se toda ao ponto de não responder, tendo acrescentado apenas que o irmão era o mais “pilha” (incitador) do grupo. Entretanto, aquando da deslocação da nossa equipa de reportagem à casa de Melodia, o indivíduo que é apontado como o autor material do crime, a vizinhança avançou que Cabetula era um jovem temido no bairro, aliás, como todos os outros membros do seu grupo. A família da Cabetula debate-se com a fraca capacidade financeira e a mãe disse não ter condições suficientes para garantir o enterro condigno ao filho. O bairro do Rasta, segundo os moradores, carece de maior atenção da Polícia, principalmente no que diz respeito às rondas, pois acham que “estão entregues aos meliantes”. A criminalidade toma conta do bairro e o resultado disto são os constantes casos de mortes, roubos e violações que ali se registam. A Polícia da conhecida esquadra dos Rastas confirmou-nos a detenção de dois cidadãos, tendo garantido que estes serão encaminhados à Divisão Municipal e que as investigações continuarão, no sentido de encontrar os outros envolvidos e repor a ordem e tranquilidade no referido bairro.
- ‘Eles não nos gostam porque pegamos mais dinheiro’
Pedro, também conhecido por Pilha Máxima, membro do grupo “Tão Gordo”, em conversa coma nossa equipa de reportagem disse que a rivalidade com o grupo “Os de Sangue” surgiu porque este não engole o facto de os membros do primeiro grupo aparecerem com mais coisas novas (telefone, roupa e calçados) do que eles. O cidadão, que exibia um passe com a foto do amigo desejando- lhe paz no seu eterno descanso, disse que várias vezes viram suas coisas novas furtadas pelos membros do grupo rival, porque estes sentiam-se “os donos do bairro”. Surge então a rivalidade, cujo tempo de duração não soube precisar, que entre lutas com garrafas, pedras e outros objectos contundentes, terminou com a morte de André José “Cabetula”.
“No Sábado que aconteceu isso, deu chapada no Cabetula e uma cabeçada, no período da tarde, ao ponto de sangrar. Nós respondemos da mesma forma. Depois, à noite, quando todos já estavam em casa e o Cabetula estava na placa a trabalhar, o Melodia, o Rock Star, o Cale-G e o 2Coté lhe espetaram com faca”, conta. Pedro disse que a situação abalou o grupo e foram eles que tomaram a atitude de colocar foto nas quatro casas. Sobre como é que conseguiam todas as coisas novas que causavam inveja ao grupo adversário, Pedro disse que compravam com o dinheiro resultante do trabalho de lotadores.“Eles não lotavam carro e nós pegávamos mais dinheiro. Esta não é a primeira vez que procuram lutar connosco, já houve uma vez que aleijaram o nosso amigo com catana”, acrescentou, tendo enfatizado que Cabetula era o instigador do seu grupo.
Fonte: OPaís
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