Foto de arquivo: Manifestação de cabindas residentes em Zurique - Suíça (2014)
Porta-voz da FLEC-FAC considera irresponsáveis as declarações de João Lourenço sobre Cabinda durante a entrevista à DW África, pois diz que o Presidente angolano minimiza a situação daquela região.
Na sequência da entrevista de João Lourenço à DW áfrica, Jean Claude Nzita, porta-voz da Frente de Libertação do Estado de Cabinda – Forças Armadas de Cabinda (FLEC-FAC), quis reagir aos comentários do Presidente angolano sobre a questão de CabindaO porta-voz da FLEC- FAC diz-se envergonhado com as declarações de João Lourenço sobre Cabinda, na entrevista que o Presidente angolano concedeu à DW África. Questionado como encarava a questão de Cabinda, João Lourenço disse que via o cenário com tranquilidade e que por vezes se tenta fazer uma tempestade num copo de água.
Jean Claude Nzita, porta-voz da FLEC-FAC
Para Jean Claude Nzita, tais declarações foram irresponsáveis, pois considera que o Presidente angolano está desfasado da realidade e minimiza um problema sério.
"Ele deve reconhecer que há um problema em Cabinda”, pede Nzita "e, depois, passar para a mesa de negociações para se resolver esta questão de Cabinda. Ele tem de parar com essa piada de mau gosto”.
Jean Claude Nzita acusa o Governo angolano de violar os direitos humanos, de repressão policial e de aterrorizar a população em Cabinda. Na entrevista à DW África, João Lourenço também foi questionado sobre tais acusações, que há muito são repetidas pela FLEC-FAC. Sobre isso, o Presidente angolano disse que gostaria de saber de casos concretos e não de "falar no ar”.
O dirigente da FLEC-FAC afirma que o povo de Cabinda quer a paz, mas que o Governo angolano não demonstra a mesma vontade. Em conversa com a DW África, a questão da falta de diálogo foi mesmo uma das queixas centrais.
"Nós, na direção da FLEC-FAC, nunca ouvimos o Governo angolano a dialogar para trazer a paz à região”, afirmou Nzita.
- Apelo à comunidade internacional
"Condenamos todos os países, especialmente a Alemanha, que tem uma ligação histórica com Cabinda e por isso não deveria apoiar os Estado de Angola nos projetos que quer levar a cabo. Todos os que apoiam Angola são inimigos do povo de Cabinda”, afirmou.
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