Uma mulher de 48 anos e o seu parceiro, de 39, foram condenados a penas de prisão na Alemanha, depois de terem vendido o filho de nove anos a pedófilos na ‘dark web’, o equivalente ao mercado negro na Internet, avança a imprensa internacional. O casal foi ainda condenado por ter violado repetidamente o rapaz, agora com 10 anos, durante dois anos.
O tribunal de Friburgo condenou a mulher, Berrin T., a 12 anos e seis meses de prisão e seu o parceiro, Christian L., a 12 anos — ele terá de permanecer em custódia preventiva depois de cumprida a sentença. O julgamento começou em junho, quando a vítima tinha ainda nove anos. O casal foi considerado culpado pelos crimes de violação, abuso sexual de crianças agravado, prostituição forçada e distribuição de pornografia infantil. Terá de pagar 42.500 euros em danos ao rapaz e a uma menina de três anos, também por eles abusada.
O caso não é novo. Em abril, o Daily Mail dava conta que o casal estava acusado de pertencer a uma rede de pedofilia. No outono, seis homens foram condenados por terem violado o rapaz de nove anos, vendido pela mãe e pelo parceiro desta. O homem é ainda acusado de ter violado o próprio enteado. A mãe e o padrasto foram agora condenados a meia dúzia de anos na prisão.
Tanto Berrin T. como Christian L. chegaram a ser testemunhas da acusação nos julgamentos dos seis homens. Num dos casos, o tribunal de Friburgo ouviu como o rapaz de nove anos foi violado por um dos homens, de nome Markus K., numa rua suja em 2016, ato filmado por Christian L. O rapaz estava a chorar e a pedir misericórdia, pelo que o vídeo foi considerado como não tendo valor, segundo o testemunho de Christian. Numa outra ocasião, a mãe do rapaz terá disponibilizado cordas na cama do filho, para que o mesmo homem pudesse subjugá-lo.
Christian L. contou ainda que um cliente, chamado “O Espanhol”, terá pago 10 mil euros para violar o rapaz. Esta segunda-feira, o mesmo tribunal condenou um espanhol de 33 anos a 10 anos de prisão por violação, abuso sexual, prostituição forçada e produção de pornografia infantil. É uma das oito pessoas implicadas neste caso, que a polícia diz ser, segundo o site DW, um dos piores casos de abuso sexual já investigados. Três alemães e um suíço já foram sentenciados a penas de prisão que variam entre os 8 e os 10 anos.
O caso está a chocar a Alemanha, sobretudo porque a criança vivia com a mãe e o seu parceiro, um criminoso sexual condenado. O rapaz chegou a ser retirado temporariamente ao casal por assistentes sociais. A criança está, agora, entregue a pais adotivos e a receber terapia psiquiátrica intensa. A polícia descobriu a rede de pedofilia em setembro do ano passado, depois de uma denúncia anónima.
Fonte: Observador
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