Bomba explode em comício e deixa 20 mortos no Paquistão
AFP / ABDUL MAJEEDMembros dos serviços de segurança e voluntários se reúnem no local do atentado
Pelo menos 20 pessoas morreram, incluindo o influente político local Haroon Bilour, e mais de 60 ficaram feridas nesta terça-feira (10) em um atentado suicida durante um comício eleitoral em Peshawar, noroeste do Paquistão, anunciou a Polícia.
O atentado foi cometido durante uma reunião do Awami National Party, partido que já foi alvo de represálias de militantes islamitas por ter se oposto a grupos como os talibãs.
"O balanço subiu a 20 mortos e 63 feridos, 35 deles hospitalizados em Peshawar", disse à AFP o chefe de polícia da cidade, Qazi Jameel.
O balanço anterior era de 13 mortos e 54 feridos.
Pouco antes, um porta-voz havia admitido que as ameaças pairam na campanha das legislativas de 25 de julho.
Haroon Bilour era um dos candidatos do ANP nessas eleições. Pertencia a uma influente família política da província de Khyber-Pakhtunkhwa, cuja capital é Peshawar. Seu pai, Bashir Bilour, que também é uma destacada figura política, morreu em um atentado suicida em 2012.
"Segundo os primeiros elementos da investigação, foi um ataque suicida, que tinha como alvo Haroon Bilour", indicou à AFP Shafqat Malik, comandante da polícia.
A polícia informou que a explosão aconteceu quando o político se preparava para discursar para 200 partidários.
O homem-bomba tinha 16 anos e tinha oito quilos de explosivos, afirmou Shafqat Malik.
As redes de televisão locais mostravam imagens de ambulâncias chegando ao local do ataque para socorrer os feridos.
"Perdi a consciência depois da explosão. A última coisa que vi foi uma grande bola de fogo", declarou à AFP Sartaj Khan, um partidário do ANP que foi ferido nas pernas.
Mohammad Khorasani, porta-voz do grupo Tehreek-e-Taliban Pakistan (TTP, Movimento dos Talibãs Paquistaneses), reivindicou o ataque e afirmou que o movimento "declarou guerra" ao ANP.
Peshawar, porta de entrada para turbulentas regiões tribais do Paquistão, foi cenário nos últimos anos de vários atentados contra políticos, reuniões religiosas, forças de seguranças e até escolas
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